Covid-19: Pfizer estuda hipótese de adicionar uma terceira dose da vacina 6 a 12 meses após as primeiras

A farmacêutica norte-americana, Pfizer, vai lançar um estudo para verificar se uma terceira dose da vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a alemã, BioNTech, poderá ser eficaz no combate a doença, avança o ‘The Guardian’.

Segundo o jornal britânico, a ideia inicial é que esta terceira dose seja administrada entre seis a 12 meses após as duas primeiras tomas da vacina, no sentido de entender se isto aumenta, ou diminui a sua eficácia na população.

O diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, adiantou esta terça-feira, que uma injeção de reforço da vacina da empresa poderia ajudar a proteger os recetores contra novas variantes mais transmissíveis do coronavírus, nomeadamente a britânica e a sul-africana, que até agora já invadiram vários países da Europa e do mundo.

Mais de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 já foram administradas em 64 países, de acordo com dados recolhidos pela Bloomberg. Trata-se de um marco significativo que surge apenas dois meses após os primeiros ensaios terem sido submetidos para revisão regulamentar.

É o início da maior campanha de vacinação da história e um dos maiores desafios logísticos alguma vez empreendidos. Estão a ser dadas cerca de 4,25 milhões de doses por dia, em média.

Só nos Estados Unidos (com uma população de aproximadamente 328 milhões) já foram administradas, até agora, 32,8 milhões de doses, de acordo com uma contagem nacional dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças. A vacinação começou no dia 14 de dezembro nos profissionais de saúde com a vacina da Pfizer e da BioNTech.

A capacidade de imunização foi entretanto alargada com a aprovação, no dia 19 de dezembro, da vacina da Moderna. Até agora, os EUA são o país que já aplicou o maior número de doses. Segundo a Bloomberg, a vacina está a ser distribuída com base na população estatal e o objetivo do país era administrar 20 milhões de doses só em janeiro – uma meta que foi superada.

Depois dos Estados Unidos, a China (com uma população de cerca de 1,3 mil milhões) é o segundo país que aplicou a vacina ao maior número de pessoas – pelo menos 24 milhões. Em terceiro lugar está a União Europeia (UE), com 12,7 milhões de doses administradas pelos respetivos Estados-membros.

A Alemanha é o país da UE que vai à frente: já administrou 2,4 milhões de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/ BioNTech. Segue-se a Itália, com mais de 2 milhões de doses aplicadas. A campanha de vacinação na UE começou nos dias 27, 28 e 29 de dezembro, no entanto, a Alemanha decidiu antecipar um dia – começou a 26 –, uma das razões pelas quais é o Estado-membro mais avançado.

Em Portugal, que começou a vacinar no mesmo dia que Itália (27 de dezembro), já foram administradas cerca de 340 mil doses da vacina, adiantou esta segunda-feira a ministra da Saúde, Marta Temido – “perto de 270 mil com a primeira dose e cerca de 70 mil com a segunda”. Ou seja, no total, há 70 mil portugueses imunizados (com as duas doses) contra o novo coronavírus.

Fora da União Europeia, segue-se o Reino Unido, que já aplicou a vacina a mais de 9 milhões de pessoas com o fármaco da Pfizer/ BioNTech e, agora, da Moderna. Imediatamente a seguir está Israel, com quase 5 milhões de doses dadas.