Covid-19: OMS prevê «doses muito limitadas» de vacinas no início de 2021

A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse esta segunda-feira que espera que existam doses “muito limitadas” de vacinas contra a Covid-19 disponíveis na primeira metade de 2021.

Soumya Swaminathan afirmou ainda que continuava otimista que a OMS fosse capaz de trabalhar com muitos fabricantes para ter uma vasta seleção de vacinas, como parte do seu esquema de distribuição global.

A propósito da vacina da Moderna contra o novo coronavírus, que mostrou esta segunda-feira uma eficácia de 94,5%, a responsável afirmou tratar-se de “uma notícia muito encorajadora”.

“Temos de esperar e ver qual é o perfil de segurança desta vacina quando todos os dados forem analisados”, ressalvou Swaminathan

A cientista-chefe da OMS explicou que os participantes do ensaio ainda precisam de ser seguidos durante dois meses para estudar possíveis efeitos secundários.

O diretor-geral da OMS também alertou esta segunda-feira que uma vacina “por si só não será suficiente” para derrotar a pandemia.

“Uma vacina vai complementar as outras ferramentas que temos, não vai substituí-las”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus durante uma reunião do Conselho Executivo da OMS.

A Moderna, empresa de biotecnologia americana, informou que a sua vacina também registou uma eficácia superior a 90% na prevenção da covid-19, tal como a Pfizer, com base em dados provisórios de um ensaio clínico em fase avançada.

Vários especialistas e peritos de saúde pública já reagiram à notícia da Moderna, que consideram “excelente”.

A Moderna está a realizar um ensaio clínico, que conta com a participação de 30 mil pessoas, em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, sendo que metade dos participantes recebeu a vacina e a outra metade placebo.