Covid-19: Hospitais da Grande Lisboa expandem capacidade de camas acima do plano de contingência

O hospitais portugueses estão com elevados níveis de pressão nos seus sistemas de saúde, sendo que alguns da Grande Lisboa já se encontram a expandir a sua capacidade de camas para pacientes infetados com Covid-19, acima do que consta dos planos de contingência, avança o ‘Público’.

Segundo a mesma publicação, esta situação acontece nos hospitais Amadora-Sintra e Garcia de Orta (Almada), onde o número de camas disponíveis para internar doentes com o novo coronavírus «já é superior ao que estava inicialmente previsto» nesses mesmos planos.

Na primeira situação, o Amadora-Sintra verificou já na semana passada um aumento do número de camas para estes pacientes, «com mais 30 camas que reforçaram as 120 camas previstas no último nível do plano de contingência», revelou uma fonte do hospital citada pelo ‘Público’.

Segundo a mesma fonte, na terça-feira «estavam ocupadas 149 camas, hoje (quarta-feira) tínhamos 163 doentes covid internados» disse sublinhando que um dos doentes já tinha sido transferido entretanto. Também no passado fim de semana, outros cinco passaram para uma unidade no Porto.

Esta foi uma medida «preventiva, prevendo que pudesse haver um acréscimo de necessidades esta semana», explicou a fonte em questão e sublinhando que também nas unidades de cuidados intensivos  foi aumentada a capacidade em mais duas camas, passando a 22, sendo que só uma está vaga, adiantou.

Já no hospital Garcia de Orta (HGO), o cenário é igualmente de muita pressão, com «uma sobrelotação da área dedicada à assistência a doentes covid-19», o que «leva a que os doentes aguardem no interior das ambulâncias para observação clínica», revelou uma fonte próxima da unidade, citada pelo ‘Público’.

A resposta encontrada passa pela promoção, por parte das «equipas do serviço de urgência do HGO», de «uma abordagem clínica dinâmica, em que os profissionais, quando necessário, realizam uma pré-avaliação clínica, aos doentes que aguardam em ambulância», explicou a mesma fonte, adiantado que o hospital «prevê ter esta situação resolvida até ao final de Janeiro», com a expansão da Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios (ADR).

O hospital tem ainda 155 camas para doentes com Covid-19 que estão todas ocupadas. Destes, 136 estão em enfermaria, 18 em cuidados intensivos e um em hospitalização domiciliária (UHD). Este total de camas, que representam perto de 30% do total de camas de agudos, «resultam de um acréscimo feito na terça-feira de mais 16 camas de enfermaria que antes eram para doentes não covid e mais quatro camas de cuidados intensivos desde o dia 8», explicou em comunicado citado pelo jornal.