“Continuidade da ministra da Saúde não está em causa”, garante Montenegro
A continuidade da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, “não está em causa”, garantiu esta quinta-feira Luís Montenegro, em Budapeste, rejeitando os apelos dos partidos da oposição para o seu afastamento.
“O que está em causa é que a senhora ministra possa executar este plano de trazer a normalidade a uma situação anómala que encontrámos. Não vou estar aqui com perspetivas de ‘passa-culpas’, mas efetivamente é um problema que herdámos, que não se resolve de um dia para o outro”, frisou o primeiro-ministro.
As mortes associadas à falta de resposta do INEM – “não temos a certeza de que os óbitos ocorreram em função da falta de capacidade de resposta do INEM ou no atraso no atendimento de chamadas”, precisou – é resultado de uma “situação grave, com a necessidade de reforço da capacidade de resposta do INEM”. “Estamos empenhados em poder muito rapidamente evitar a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar que está em curso”, referiu o primeiro-ministro, salientando que “há uma reunião agendada para daqui a umas horas entre a ministra da Saúde e o sindicato. Desejo que a situação possa ser estabilizada”.
“Sabemos que não chega. Quando iniciámos funções, há sete meses, o INEM estava desprovido dos meios humanos necessários para garantir a regularidade da sua operação. Sabemos que faltam cerca de 800 técnicos de emergência pré-hospitalar para o cumprimento das suas funções. Neste momento, há um concurso que já terminou para a admissão de 200 técnicos, que iniciarão funções em janeiro, há outro concurso que vamos lançar para mais 200. Vamos continuar a tentar reforçar os recursos humanos do INEM para uma resposta mais pronta”, salientou Montenegro, reforçando que “entretanto, temos plano de contingência que está a ser executado e na nossa expetativa possa estancar falta de capacidade de resposta”.
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