Companhia aérea estatal do Paquistão é investigada por anúncio que evoca 11 de Setembro: veja a imagem da polémica
Depois de a União Europeia ter imposto uma proibição de quatro anos de voos para a Europa, a companhia aérea estatal paquistanesa Pakistan International Airlines (PIA) anunciou, no passado dia 10, que iria retomar as operações no Velho Continente com um voo para Paris.
A companhia aérea, que esteve sobre escrutínio de Bruxelas devido a vários problemas de segurança – acidentes, sacrifícios de cabras nas pistas de aterragem como gesto auspicioso de boa sorte e escândalos relacionados com as suas licenças de pilotos -, comemorou a efeméride com um imagem que se tornou viral nas redes sociais: isto porque muitas pessoas evocaram memórias do 11 de Setembro nos Estados Unidos.
Na imagem, publicada na rede social ‘X’, surge um avião da PIA a aproximar-se da Torre Eiffel, com um texto em inglês: “Paris, estamos a chegar hoje.”
— PIA (@Official_PIA) January 10, 2025
Após a divulgação0 nas redes sociais, muitos internautas rapidamente se lembraram de outro anúncio que parecia premonitório desta companhia aérea de 1979, no qual mostrava um Boeing 747 a projetar uma sombra sobre as Torres Gémeas.
“Após um ano sabático, a PIA vai retomar os seus voos para Paris a partir de 10 de janeiro de 2025. Desfrute de uma experiência de viagem descomplicada com tempos de viagem mais curtos, tarifas imbatíveis e hospitalidade que o fará lembrar de sua casa”, dizia um segundo post promocional que a companhia aérea publicou no ‘X’ – no entanto, a polémica já estava ‘servida’.
Esta semana, depois da polémica desencadeada dentro e fora do Paquistão pelo controverso anúncio, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif ordenou uma investigação para descobrir como a companhia aérea nacional do seu país aprovou um anúncio com uma ilustração que lembrou a muitos as imagens de 11 de setembro de 2001.
Esta questão é delicada no Paquistão porque este país tem algumas ligações com o ataque terrorista nos Estados Unidos: Khalid Shaikh Mohammed, acusado de ser o mentor dos ataques, foi preso no Paquistão em 2003. Osama bin Laden, o então líder da Al Qaeda, foi morto pelas forças dos EUA também no Paquistão em 2011.