Cinco anos depois do início da pandemia da Covid-19: OMS regista mais de sete milhões de mortes em 234 países
Cinco anos depois de a Covid-19 ter sido detetada pela primeira vez na China, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou o número total de casos confirmados, assim como as mortes em 234 países. Numa edição especial de atualização epidemiológica, a agência confirmou que desde o início da pandemia foram notificados mais de 776 milhões de casos, tendo causado mais de 7 milhões de mortes.
Segundo a OMS, a maioria das mortes ocorreu nos primeiros três anos da pandemia, uma vez que o aumento da imunidade levou à diminuição significativa das mortes. No relatório, entre 14 de outubro e 10 de novembro últimos, foram notificados casos da Covid-19 em 77 países, com 27 mortes – o número de casos diminuiu 39%, com mais de 200 mil novos casos e 36% de novas mortes, em comparação com os 28 dias anteriores. No entanto, a OMS indicou que estes dados têm de ser interpretados com cautela devido ao declínio nos testes e sequenciação, assim como atrasos na notificação em muitos países.
Ainda assim, indicou a OMS, as admissões nas urgências por mil hospitalizações têm diminuído desde o pico em julho de 2021, onde foi registada uma taxa de 245 por mil hospitalizações, caindo para menos de 132 no início de 2022 e para menos de 69 no final de 2023.
O quadro subsequente de Covid-19, denominado como ‘Covid longo’, continua a representar “um fardo significativo para os sistemas de saúde, uma vez que se estima que 6% das infeções sintomáticas por SARS-CoV-2 dão origem a sintomas deste tipo”, indicou a OMS. “A vacinação parece oferecer um efeito protetor, reduzindo a probabilidade de desenvolver ‘Covid longo’.”
No que diz respeito à implantação da vacina contra a Covid-19, esta evoluiu desde 2021 e, inicialmente, a OMS destacou que as taxas de vacinação eram mais elevadas nos países de rendimento elevado. No final de 2024, 39,2 milhões de pessoas em 90 Estados-Membros receberam uma dose da vacina em 2024. No final de 2023, 67% da população mundial tinha completado a série primária e 32% tinha recebido pelo menos uma dose de reforço, embora apenas 5% das pessoas em países de baixo rendimento tenham recebido uma dose de reforço.