China na dianteira da ‘corrida da IA’ inicia produção em massa de robôs humanoides. Primeiros 1.000 já estão prontos
A empresa chinesa AgiBot, também conhecida como Zhiyuan, anunciou recentemente que começou a produção em massa de robôs humanoides para fins gerais. Lançada em fevereiro de 2023, a start-up divulgou um vídeo esta semana no qual mostra o seu processo de produção. Até ao momento, a empresa já fabricou cerca de 1.000 robôs, segundo o jornal The Global Times.
No vídeo, de quatro minutos, divulgado pela Agibot, são reveladas as várias etapas do processo de produção na fábrica de Lingang Fengxian, em Xangai. as imagens mostram diversas atividades, como o armazenamento de inventário, montagem e testes de componentes dos robôs e avaliações de desempenho. Alguns dos robôs pré-fabricados até aparecem a ajudar no próprio processo de produção, numa demonstração dos avanços tecnológicos e capacidades da empresa, na vanguarda da Inteligência Artificial (IA).
#Agibot, a Chinese robotics start-up launched in February 2023, has stirred significant excitement in the industry with its announcement of having already begun mass production of general-purpose robots, while #Tesla, the US electric car giant, envisions launching mass production… pic.twitter.com/i4ZLl35wnt
— Global Times (@globaltimesnews) December 19, 2024
A AgiBot expressou orgulho em estar na vanguarda da inovação na robótica humanoide, declarando o seu compromisso com o desenvolvimento de tecnologias avançadas. “Desde robôs com rodas até robôs bipedais humanoides, dedicamo-nos ao desenvolvimento completo de tecnologia para criar máquinas que se movimentam com precisão e estabilidade”, afirmou a empresa.
Além disso, a start-up está a investir na recolha massiva de dados para melhorar o treino de IA, equipando os robôs com “cérebros inteligentes” capazes de interagir de forma intuitiva com o ambiente.
tesla também na corrida, mas com objetivo distinto
Enquanto a AgiBot se posiciona como pioneira na produção em massa de robôs humanoides, a Tesla, dos Estados Unidos, também tem apostado no desenvolvimento dessa tecnologia. Durante o evento “We, Robot”, a 10 de outubro, Elon Musk apresentou o mais recente protótipo do robô Optimus, descrito como um “robô bípede para uso geral, capaz de realizar tarefas perigosas, repetitivas ou monótonas”.
Musk declarou na ocasião: “Pode fazer tudo o que você quiser. Pode ser professor, cuidar dos seus filhos, passear com o cão, cortar a relva, fazer compras ou servir bebidas.” O CEO da Tesla prometeu que os robôs estarão em produção interna em 2024 e em alta escala para outras empresas até 2026.
Embora ambos os projetos partilhem o objetivo de integrar robôs humanoides no quotidiano, a abordagem das empresas parece diferir. A AgiBot foca-se na precisão para tarefas detalhadas, enquanto a Tesla dá destaque à utilidade em atividades diárias e amplamente acessíveis.
Com o início da produção em massa, a AgiBot declarou nas redes sociais que este marco “assinala um passo significativo na evolução da robótica e da automação”. Segundo a empresa, os robôs já estão a transformar locais de trabalho e ambientes do dia a dia.
Por outro lado, Musk acredita que os robôs Optimus irão revolucionar o conceito de eficiência doméstica e laboral. “A revolução robótica está apenas a começar”, enfatizou.
Enquanto a China avança na liderança, com a AgiBot a emergir como protagonista, a rivalidade tecnológica com os Estados Unidos reforça a urgência de ambas as nações em dominar o mercado de robôs humanoides. Este progresso deixa o mundo cada vez mais perto de um cenário onde os robôs desempenham um papel significativo no quotidiano humano.