China já prendeu 70 suspeitos por produção de vacinas falsas. Algumas são feitas de água mineral
A China está a reprimir crimes relacionados com a produção e distribuição de vacinas falsas, efetuando dezenas de detenções nos últimos dias, de acordo com um comunicado da agência de notícias chinesa ‘Xinhua’, emitido esta segunda-feira e citado pela ‘Reuters’.
Segundo a mesma publicação, as autoridades chinesas prenderam 70 suspeitos até à passada quarta-feira, em cerca de 21 casos relacionados com a falsificação de vacinas, muitos dos quais surgiram durante as fases iniciais do processo.
Um grupo de suspeitos alcançou um lucro de cerca de 18 milhões de yuans (2,8 milhões de dólares), ao injetar uma solução salina ou de água mineral em 58 mil doses de vacinas falsas, disse a Xinhua, identificando o seu líder, preso no último dia de Natal, apenas pelo apelido de Kong.
Em outros casos também avançados pela agência de notícias, vacinas falsas foram vendidas a preços elevados, incluídas em esquemas de vacinação de emergência em hospitais ou em contrabando para o estrangeiro.
A Procuradoria Popular Suprema da China pediu às agências regionais que colaborem com a polícia em ações rápidas e inabaláveis para conter estas atividades, adiantou a mesma agência, reiterando o compromisso em acabar com esta prática.
A China, que administrou 40,52 milhões de doses da vacina a grupos prioritários da população até terça-feira, conseguiu em grande parte controlar a pandemia com medidas restritivas de bloqueio, teste e rastreamento. No total o país regista 100.608 casos da doença, bem como 4.829 vítimas mortais, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.