China apresenta drone com laser de alta potência capaz de cortar metal e causar cegueira

A China continua a afirmar-se como uma das principais potências tecnológicas globais, com novos desenvolvimentos que prometem redefinir o equilíbrio de poder no setor militar. Desta vez, o país apresentou um drone de combate equipado com um laser de alta potência capaz de desativar sensores, danificar equipamentos e até causar cegueira ou cortar metais.

O projeto, conduzido por investigadores da Universidade Nacional de Tecnologia de Defesa da China, liderados por Li Xiao, destaca-se por integrar um sistema laser de alta potência num drone ultraleve. Este tipo de armamento, que antes dependia de dispositivos volumosos e pesados, foi miniaturizado a um ponto que permite ser transportado por drones de dimensões reduzidas.

De acordo com os investigadores, o sistema utiliza raios laser infravermelhos com uma frequência de 1080 nanómetros, alcançando uma intensidade de um quilowatt por centímetro quadrado. Este nível de potência é suficiente para cortar metais, causar danos significativos em veículos e equipamentos eletrónicos, e até provocar lesões graves, incluindo danos irreversíveis à visão.

Esta inovação representa uma mudança de paradigma no uso de drones em operações militares. A possibilidade de equipar drones leves com lasers de elevada potência elimina a necessidade de sistemas pesados e complexos que antes limitavam a mobilidade e a eficácia no campo de batalha.

“Com esta tecnologia, é possível coordenar múltiplos drones simultaneamente, aumentando consideravelmente a eficiência em operações táticas”, afirmou um dos membros da equipa de investigação citado em fontes locais.

Além disso, o desenvolvimento surge num contexto de crescente competição militar entre as principais potências tecnológicas, como os Estados Unidos e a China. A introdução desta tecnologia pode alterar significativamente a forma como os drones são utilizados em cenários de conflito, consolidando a China como um dos líderes neste domínio.

Nos últimos anos, a China tem demonstrado avanços significativos na área militar. Em 2022, o país revelou o primeiro canhão magnético hipersónico, uma inovação que os Estados Unidos tentaram desenvolver durante anos sem sucesso. Agora, com esta nova tecnologia laser, a China volta a destacar-se pela capacidade de superar desafios técnicos complexos, posicionando-se na vanguarda da corrida armamentista.

O uso de drones militares já revolucionou o planeamento estratégico em guerras modernas, permitindo operações mais precisas e menos dependentes de recursos humanos. Com a introdução desta tecnologia laser, os analistas preveem uma aceleração nesta transformação, trazendo implicações profundas para a defesa e segurança global.

Embora o impacto prático desta tecnologia ainda esteja em fases iniciais de análise, especialistas alertam para as possíveis consequências de um armamento tão avançado e acessível. A possibilidade de drones ultraleves equipados com lasers de alta potência coloca desafios significativos para as defesas tradicionais, exigindo uma revisão de estratégias por parte das forças armadas globais.

O desenvolvimento desta tecnologia demonstra não apenas o poderio tecnológico da China, mas também a sua capacidade de inovar em áreas cruciais para o equilíbrio de poder no século XXI. Enquanto a comunidade internacional observa com atenção, fica claro que a introdução de armas como esta terá repercussões duradouras no panorama militar e geopolítico global.