Chega vai entrar no Conselho de Estado, no Conselho Superior do Ministério Público e deverá conseguir eleger 1.º ‘vice’ da AR

Após uma longa batalha política que se estende há pelo menos dois anos, o Chega está à beira de uma conquista significativa no cenário parlamentar português.

Anteriormente, com 12 deputados eleitos, tornando-se o terceiro partido mais votado, o partido de André Ventura tinha vindo a exigir  acesso a cargos parlamentares tradicionalmente reservados aos maiores partidos políticos. Agora, com pelo menos 48 lugares garantidos na Assembleia da República (falta apurar quatro mandatos do círculo da emigração), o Chega a está prestes a entrar em pelo menos dois desses órgãos, avança o Expresso.

Os órgãos em questão são de grande sensibilidade política, incluindo o Conselho de Estado e o Conselho Superior do Ministério Público, segundo avança o expresso.

Um dirigente do PS comenta ao mesmo semanário: “Se continuarmos a criar um caso no Parlamento, nunca mais paramos a vitimização do Chega.”

Duarte Pacheco, figura histórica do PSD, reconhece a mudança de dinâmica, afirmando que “o Chega consegue sempre eleger” alguém do partido para ocupar os lugares.

Basta apresentar uma lista própria nos dois organismos, que um lugar em cada um fica garantido, tendo em conta que a regra das votações é proporcional.

Enquanto isso, um membro da direção do PS admitiu a dificuldade em fechar listas sem a inclusão do Chega, dada a falta de maioria no parlamento.

“É um novo momento que se inicia a que temos de nos habituar… com dificuldade”, comenta.

Os cargos significam o desempenho papéis significativos na assessoria e tomada de decisões nos sistemas político e judicial, levantando a possibilidade de uma mudança no equilíbrio de poder dentro do Governo.

è também quase certo que desta vez o Chega vai conseguir eleger um vice-presidente aa Assembleia da República mas, sublinha o Expresso, os dois terços de deputados do PS e PSD deverão travar a possibilidade de o partido de Ventura ter um elemento no Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações (as secretas).

Embora o acesso do Chega a certos órgãos críticos, como este último, permaneça incerto devido ao requisito de uma votação de dois terços no parlamento, a possibilidade de colaboração entre PSD e PS para apresentar listas conjuntas para certas posições permanece em aberto.

À medida que o Chega se aproxima da conquista posições parlamentares chave, o cenário político em Portugal passa por uma mudança significativa, com implicações para as políticas futuras e o equilíbrio de poder dentro do Governo.

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