Catástrofes naturais em 2019 causam prejuízos de 47 mil milhões de euros às seguradoras
Segundo a Munich Re, companhia de seguros alemã, o prejuízo total correspondente às 820 catástrofes naturais é avaliado em 135 mil milhões de euros, um terço dos quais pago pelas empresas seguradoras, traduzindo-se assim num encargo de quase 47 mil milhões de euros.
Contudo os valores mostram que ainda existem setores económicos importantes sem qualquer cobertura de seguro, sobretudo em mercados emergentes e países em desenvolvimento.
A empresa acrescenta que em 2019 verificou-se uma elevada ocorrência de perdas por inundação, que muitas vezes não obtém a mesma proteção que os danos causados pelo vento, na maioria dos países industrializados. No entanto, o impacto económico dos fenómenos naturais para o seguro, diminuiu quase 40% relativamente a 2018, altura em que o setor desembolsou 77 mil milhões de euros.
O Japão encontra-se no epicentro das perdas, em 2019 foi novamente alvo de furacões extremamente graves, causando danos enormes. Os ciclones tropicais Hagibis e Faxai, em concreto, foram os dois acontecimentos mais catastróficos e caros de 2019, tanto por perdas gerais, como por danos de seguro.
De acordo com estimativas da Munch Re, o impacto do Hagibis atinge os 15 mil milhões de euros, aproximadamente, dos quais o seguro cobre cerca de 8 mil milhões. O Faxai, por sua vez, causou um dano total de aproximadamente 8 mil milhões de euros, dos quais 6 mil milhões são suportados pelo setor de seguros.
A maior tragédia humanitária foi o ciclone Idai, que atingiu Moçambique e alguns países vizinhos, como Malawi ou Zimbábue, em março, causando a morte de mais de mil pessoas. Os prejuízos económicos ultrapassaram os dois mil milhões de euros, mas a maioria dos danos não estavam cobertos por seguro, avança a seguradora alemã.
O furacão Dorian, o mais destrutivo do ano de 2019 no oceano Atlântico, e os graves incêndios que ainda assolam a Austrália, atualmente, também se encontram entre as piores catástrofes do ano. Na Europa, acrescenta a Munich Re, a combinação de ondas de calor e tempestades de granizo é a maior causa de perdas por desastres naturais.