Caso Marega: PSP já identificou alguns dos adeptos envolvidos
A Polícia de Segurança Pública já identificou alguns dos adeptos responsáveis pelos insultos e cânticos racistas contra o jogador do Futebol Clube do Porto, Marega, no passado domingo, no jogo frente ao Vitória de Guimarães, de acordo com a TVI.
A estação de televisão indica que as imagens de videovigilância foram essenciais para descobrir e identificar os suspeitos.
A PSP não tinha conseguido identificar qualquer adepto no estádio D. Afonso Henriques, na altura do sucedido, mas admitia estar já «a fazer as diligências necessárias», para encontrar os responsáveis pelas atitudes racistas contra Marega.
«Não obstante não ter sido possível proceder no recinto a qualquer identificação ou detenção, em face da moldura humana e concentração de pessoas, a PSP, dentro do quadro legal indicado, está a fazer as diligências necessárias para identificar os suspeitos que cometeram as infracções criminais e contraordenacionais, levando-os perante as entidades judiciais e administrativas competentes», podia ler-se num comunicado divulgado na segunda-feira pela PSP.
Já na altura as autoridades tinham referido que estas atitudes configuram um crime punido no Código Penal, que pode ir até cinco anos de pena de prisão, para além do pagamento de coimas entre os mil e os 10 mil euros.
Recorde-se que durante a partida, Marega pediu para ser substituído, depois de ter ouvido por diversas vezes, cânticos de índole racista por parte dos adeptos do Vitória de Guimarães. Os colegas e adversários tentaram demovê-lo mas sem sucesso, com o avançado do FC Porto a mostrar-se irredutível na sua decisão.
O caso teve bastante impacto nas redes sociais, meios de comunicação e também nos líderes políticos, com o primeiro-ministro António Costa a demonstrar «total solidariedade para com o grande cidadão», reforçando que os actos racistas são crimes intoleráveis. Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou as atitudes racistas, dizendo que: «o caminho do racismo, da xenofobia, e da discriminação representa a violação da dignidade».