Capacidade de financiamento da economia sofre ligeira queda e fica em 0,7% do PIB
No ano acabado no primeiro trimestre de 2020, a capacidade de financiamento da economia portuguesa foi de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), menos 0,2 pontos percentuais (pp) face ao valor registado em 2019, segundo dados do Banco de Portugal, divulgados esta quinta-feira.
Este resultado reflete as capacidades de financiamento das sociedades financeiras e dos particulares (respetivamente de 2,5 e 2,1% do PIB), que, em conjunto, excederam as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras e das administrações públicas (respetivamente de 3,7% e 0,1% do PIB).
Em comparação com os fluxos apurados para o ano acabado no quarto trimestre de 2019, destaca-se o incremento de 0,5 pp na capacidade de financiamento dos particulares e uma redução nos setores das administrações publicas (-0,3 pp), das sociedades não financeiras (-0,2 pp) e das sociedades financeiras (-0,1 pp).
No que respeita às posições em fim de período, o rácio no PIB dos ativos financeiros líquidos das administrações públicas e das sociedades não financeiras foi menos negativo (4,1 e 2,9 pp, respetivamente), por comparação com o observado no final do primeiro trimestre de 2019.
Os particulares foram o único setor a revelar uma redução dos seus ativos financeiros líquidos de 1,4 pp. Estas variações refletem o aumento do PIB no período em análise.
No final do primeiro trimestre de 2020, a economia portuguesa apresentava uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -100,0% do PIB, que compara com -106,6% do PIB no final do trimestre homólogo de 2019.