Cabaz de Natal? Preço do bacalhau subiu 8% na última semana
A DECO PROteste está a acompanhar semanalmente a evolução dos preços de um cabaz alimentar com 16 produtos típicos da época natalícia. Esta semana, o custo total deste conjunto de bens alimentares é de 53,36 euros, registando um aumento de 5% em comparação com o mesmo período de 2023.
O cabaz avaliado inclui produtos amplamente consumidos nas celebrações natalinas pelas famílias portuguesas: azeite virgem extra, couve, vinho branco DOC Alentejo, arroz carolino, perna de peru, batata-vermelha, carcaça tradicional, ovos, óleo alimentar, abacaxi, leite UHT meio gordo, farinha para bolos, vinho tinto DOC Douro, tablete de chocolate para culinária, bacalhau graúdo e açúcar branco.
De acordo com os dados recolhidos pela DECO PROteste, o produto que registou o maior aumento de preço em relação à semana anterior foi o bacalhau graúdo, com uma subida de 8%.
Por outro lado, comparando os preços atuais com os do início do ano, o destaque vai para a tablete de chocolate para culinária, que sofreu uma subida de 35%, seguida pela perna de peru, com um aumento de 16%, e pelo vinho branco DOC Alentejo, que encareceu 14%.
A análise também aponta diferenças significativas em períodos mais longos:
Desde janeiro de 2022, os aumentos mais expressivos foram registados no azeite virgem extra (+113%), na tablete de chocolate para culinária (+61%), na batata-vermelha (+56%), na farinha para bolos (+54%) e no arroz carolino (+47%).
Comparando o preço atual com o período homólogo de 2023, a tablete de chocolate apresenta uma subida de 41%, enquanto o bacalhau graúdo e a perna de peru aumentaram 18%.
Entre os dias 11 e 18 de dezembro de 2024, o preço do cabaz caiu ligeiramente em 0,54 euros, o que representa uma redução de 1,02%. Contudo, numa perspetiva anual, o cabaz de Natal custa agora 2,58 euros a mais do que no mesmo período em 2023, um aumento de 5,09%.
Desde o início de 2022, o preço do cabaz subiu em 15,34 euros, o que reflete um aumento de 40,33%. Já em relação ao início de 2023, o acréscimo é de 6,56 euros, correspondente a um aumento de 14,01%.
A DECO PROteste sublinha que o aumento generalizado dos preços de bens essenciais afeta de forma desproporcional as famílias com menor rendimento, especialmente numa época tradicionalmente associada a maiores despesas. Apesar de oscilações pontuais, a tendência de subida constante dos preços alimentares é uma preocupação para os consumidores e reflete o impacto da inflação persistente nos últimos anos.