Burlão português tem vida de luxo no Brasil apesar de estar condenado a mais de 5 anos de prisão
Um empresário, condenado a cinco anos e seis meses de prisão por ter burlado duas petrolíferas em quase um milhão de euros, vive uma vida de luxo e ostentação no Brasil, revelou esta segunda-feira o ‘Correio da Manhã’. Luís Estiveira foi investigado pela Polícia Judiciária em 2014, depois de um esquema de falsas garantias bancárias que lhe permitiram abastecer, em pagar, os postos de combustível de que era concessionário no Algarve.
Estabelecido no Brasil, na cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, foi procurado pela justiça portuguesa durante quase uma década: viria a ser detido em dezembro de 2023 pelas autoridades brasileiras na sequência de um alerta da Interpol. O empresário recusou ser extraditado para Portugal e solicitou o cumprimento da pena no Brasil, um pedido que foi aprovado no verão do ano passado pelo Supremo Tribunal de Justiça do Brasil – Luís Estiveira passou pela Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, com um “cuidado especial” decretado pelos juízes. Viria a ser solto em setembro de 2024, apenas 10 meses encarcerado, passando para um regime semiaberto previsto na lei brasileira.
Luís Estiveira é presença assídua em festas com amigos e familiares: tem milhares de seguidores nas redes sociais, onde apresenta roupas de marca e carros de luxo. Nunca chegou a pagar às petrolíferas, depois de o Tribunal da Comarca de Faro o ter declarado insolvente, apesar dos sinais exteriores de riqueza.
Aos 60 anos, o português vive uma vida de luxo e ostentação. Divorciado, é uma presença constante em festas com amigos e familiares. Com milhares de seguidores nas redes sociais, apresenta-se como DJ e um apaixonado por viagens, música, gin, moda e automóveis; as roupas de marca e os carros de luxo (conduz um Porsche) fazem parte do quotidiano deste homem. Segundo com os processos judiciais, em Portugal e no Brasil, Luís Estiveira demonstrou uma personalidade “profundamente divorciada dos valores que regem a vida em sociedade” e tem uma “maturidade criminosa”.