Bolsas europeias em alta com investidores animados por possíveis descidas dos juros
As principais bolsas europeias estavam em alta, com os investidores otimistas, apesar de o Banco Central Europeu (BCE) não estar ainda a considerar quaisquer reduções das taxas de juro.
Às 08:55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,25% para 477,75 pontos, um máximo desde janeiro de 2022.
As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 0,12%, 0,34% e 0,56%, bem como a bolsa de Milão, que se valorizava 0,37%.
Madrid era a exceção, já que descia 0,22%.
Depois de abrir a subir, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando às 08:55 o principal índice, o PSI, a avançar 0,23% para 6.520,49 pontos.
A sessão de hoje deverá ser altamente volátil, com o vencimento quádruplo dos derivados trimestrais sobre ações e índices (opções e futuros).
Na quinta-feira, o BCE, em linha com as expectativas, manteve as taxas inalteradas, num contexto de moderação contínua dos dados sobre a inflação.
No entanto, o conselho do BCE (ao contrário da Fed) não debateu o início dos cortes nas taxas e afirmou que as taxas de juro permanecerão em níveis suficientemente restritivos durante o tempo necessário.
Hoje, o mercado estará também atento aos PMI da zona euro, de França, da Alemanha, do Reino Unido e dos EUA.
Wall Street fechou na quinta-feira a verde, com o Dow Jones a atingir um segundo novo máximo histórico consecutivo, depois de a Reserva Federal (Fed) ter indicado na quarta-feira que planeia baixar as taxas de juro no próximo ano.
O Dow Jones fechou a subir 0,43% para 37.248,35 pontos, um novo máximo desde que foi criado em 1896.
O Nasdaq fechou também em alta, a avançar 0,19% para 14.761,56 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro de 2021.
A Bolsa de Tóquio encerrou com uma queda de 0,73% do seu principal indicador, o Nikkei, pesada pela valorização do iene face ao dólar, prejudicial aos interesses dos grandes exportadores japoneses, e pela crise governamental no Japão.
Neste contexto de estabilização das taxas de juro e de possíveis descidas em 2024, no mercado da dívida, o rendimento das obrigações a dez anos continuava hoje a descer para mínimos de seis meses, com o da obrigação alemã a cair para 2,068%.
O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro de 2024 abriu hoje em alta, a cotar-se a 76,68 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 76,61 dólares na quinta-feira.
A nível cambial, o euro abriu a desvalorizar-se no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0973 dólares, contra 1,1005 dólares na quinta-feira e 1,0462 dólares em 03 de outubro, um mínimo desde dezembro de 2022.