Bolsas europeias em alta à espera da Fed e dos resultados da Meta e da Microsoft

As principais bolsas europeias negociavam a ‘verde’, à espera que a Reserva Federal dos EUA (Fed) comunique hoje a sua decisão sobre as taxas de juro e dos resultados de grandes tecnológicas como a Meta ou a Microsoft.

Às 08:55 em Lisboa, o EuroStoxx 600 estava a subir 0,46% para 533,75 pontos.

As bolsas de Londres e Frankfurt avançavam 0,05% e 0,34%, respetivamente, enquanto as de Madrid e Milão se valorizavam 0,54% e 0,23%.

Paris era a exceção, já que recuava 0,43%.

A bolsa de Lisboa invertia a tendência da abertura e às 08:55 o principal índice, o PSI, baixava 0,15% para 6.480,43 pontos.

O acontecimento mais importante da sessão serão as decisões de política monetária da Fed, as primeiras do ano e as primeiras após a chegada de Donald Trump à Casa Branca, que serão anunciadas quando o mercado europeu já estiver encerrado.

Os especialistas esperam que a Fed mantenha as taxas.

Na quinta-feira será a vez do Banco Central Europeu (BCE), que deverá baixar as taxas.

Hoje, nos EUA, o mercado também aguarda os resultados das principais empresas tecnológicas, como a Microsoft e a Meta, bem como as contas da Tesla.

Na Europa, o fabricante de semicondutores ASML anunciou vendas e lucros melhores do que o previsto.

No calendário macroeconómico de hoje, a empresa de consultoria GfK publica o inquérito sobre o sentimento dos consumidores na Alemanha.

Na terça-feira, os mercados europeus fecharam em alta, impulsionados por Wall Street, que conseguiu recuperar das perdas significativas de segunda-feira, depois da ascensão da aplicação de inteligência artificial chinesa DeepSeek e da ameaça que pode representar para o setor da inteligência artificial dos EUA, devido ao seu código aberto e aos baixos custos.

O Nasdaq, índice de alta tecnologia, subiu 2% para 19.733,59 pontos, contra o máximo de sempre, de 20.173,89 pontos, verificado em 16 de dezembro, numa sessão em que o fabricante de ‘chips’ norte-americano Nvidia também ganhou 8,8%, depois de ter caído quase 17% no dia anterior, a maior queda diária de valor de uma empresa cotada na história.

O Dow Jones terminou a avançar 0,31% para 44.850,35 pontos, contra 45.014,04 pontos, o máximo desde que foi criado em 1896, em 04 de dezembro.

Na Ásia, as principais bolsas chinesas permanecem fechadas para as celebrações do Ano Novo, enquanto Tóquio subia 1,02%.

No mercado da dívida, os juros da obrigação a 10 anos da Alemanha, considerada a mais segura da Europa, recuavam para 2,536%, contra 2,563% na sessão anterior.

No mercado das matérias-primas, o preço do petróleo Brent, a referência na Europa, baixava, para 77,47 dólares, contra 77,49 dólares na terça-feira.

Num contexto de força económica nos EUA, o euro estava a descer, a cotar-se a 1,0423 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, contra 1,0428 dólares na terça-feira e 1,0218 dólares em 13 de janeiro, um mínimo desde 10 de novembro de 2022.

Especialistas citados pela Efe explicaram que o dólar está a subir depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito que queria tarifas universais “muito mais elevadas”.