Bloomberg compromete-se a financiar clima após saída dos EUA do Acordo de Paris
O bilionário americano Michael Bloomberg comprometeu-se hoje a contribuir para o financiamento internacional do clima, depois de Donald Trump declarar que vai retirar os EUA do Acordo de Paris, pela segunda vez.
A intervenção de Bloomberg tem como objetivo garantir que a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC, cuja sede se situa em Bona, na Alemanha, e sob cuja égide são organizadas as conferências anuais sobre o clima) continuará a ser totalmente financiada, apesar de os Estados Unidos terem suspendido as respetivas contribuições.
Os Estados Unidos financiam mais de 20% do orçamento do secretariado da CQNUAC, cujos custos operacionais para 2024-2025 estão projetados em 88,4 milhões de euros.
“De 2017 a 2020, durante um período de inação federal [americana], as cidades, os estados, as empresas e o público enfrentaram o desafio de manter os compromissos da nossa nação – e agora, estamos prontos para o fazer novamente”, anunciou através de um comunicado Michael Bloomberg, que é o Enviado Especial da ONU para a Ambição e Soluções Climáticas.
Esta é a segunda vez que Bloomberg intervém para preencher a lacuna deixada pela quebra de compromisso dos Estados Unidos liderados por Donald Trump em relação ao Acordo de Paris.
Em 2017, após a primeira retirada da Administração Trump do Acordo de Paris, Bloomberg comprometeu-se com apoios até 15 milhões de dólares (14,4 milhões de euros) para apoiar a UNFCCC.
Paralelamente, o bilionário americano lançou o ‘America’s Pledge’, uma iniciativa para acompanhar e comunicar os compromissos climáticos não federais dos Estados Unidos, garantindo que o mundo pudesse monitorizar os progressos do país como se fosse uma parte totalmente comprometida com o Acordo de Paris.