Bitcoin volta a bater em alta, como não era visto há três meses. Principais coins acompanham tendência positiva

A Bitcoin voltou a subir, esta segunda-feira, 3.23%, às 15h02, seguindo a tendência dos últimos sete dias de  14.66%, para os 45,502.07 dólares (38 706,63), de acordo com a Coin Market Cap, um valor em alta que já não era contemplado, há cerca de três meses.

Este movimento foi acompanhado por outras coins, como foi o caso da Ethereum, a segunda moeda digital mais cotada do mercado, que subiu 1,01% nas últimas 24 horas, para os 3.138,93 dólares(2.674,04 euros).

“Este movimento deve dizer-nos que o pior já passou, pelo menos por enquanto”, comentou Matt Maley, responsável pelo gabinete de estratégia da Miller Tabak + Co, em declarações à Bloomberg.

Para Craig Erlam, analista sénior de mercado na OANDA Europe, “a Bitcoin voltou a consolidar-se na última semana”. “Vamos ver agora até onde consegue ir”, acrescentou o economista, contactado pela agência norte-americana.

Para Anthony Scaramucci, fundador da Oscar Capital Management e da SkyBridge Capital esta “é uma clara premissa que esta token será negociada no patamar dos 100 mil dólares até o final do ano”, uma subida de cerca de 190%.

“Pela primeira vez nos últimos 50 dias, a criptomoeda mais cotada do mundo ficou acima de sua média móvel, um claro sinal de que vai continuar em alta”, argumentou o especialista, quando a Bitcoin subiu 7,05%, na passada sexta-feira.

“A Bitcoin vai ser o grande predador das criptomoedas”, explicou em entrevista à CNBC, o executivo, que durante dez dias foi diretor de comunicação da administração Trump.

Nos últimos meses, a Bitcoin sofreu uma queda superior a 50%, 36% só em maio, tendo sido este comportamento classificado pela imprensa de especialidade “como o pior mês para a Bitcoin, desde 2011”. Em abril, a “rainha” das moedas digitais alcançou os 65 mil dólares (cerca de 58 mil euros).

A “montanha russa da Bitcoin” não tem gerado unanimidade entre as opiniões dos especialistas. Do outro lado da discussão, Todd Morley, cofundador da Guggenheim Partners e empresário no ramo das criptomoedas e blockchain, a “Ethereum tem uma utilidade muito maior do que a Bitcoin, podendo ultrapassar esta criptomoeda, a longo prazo”.

“A Ethereum é muito mais útil em função dos contratos inteligentes”, explicou Morley à Bloomberg TV.

“Estas tecnologias relacionadas com a Ethereum cresceram 20 vezes nos últimos seis anos consecutivos, muito, mas muito mais rápido do que a Lei de Moore”.

A Lei de Moore, redigida pelo engenheiro Gordon Moore em 1965, estabelece que a evolução da informática acontece de forma duplicada a cada dois anos, à mesma velocidade que os semicondutores”.

“Para além disso, nos últimos 12 meses, a popularidade das chamadas DeFi (finanças descentralizadas), que recorrem à rede Ethereum disparou”, acrescentou o executivo.

“No que toca aos  NFTs (Tokens Não Fungíveis), estes passaram a ser outra das bandeiras da tecnologia  blockchain da rede Ethereum”, conclui Morley.