Bernie Madoff diz que está a morrer e pede libertação antecipada da prisão
Bernie Madoff, especialista naquele que é considerado o esquema mais fraudulento de sempre, conhecido por ‘Ponzi’, diz que está à beira da morte devido a uma doença renal terminal, pedindo a um juiz, na passada quarta-feira, que lhe concedesse uma libertação antecipada da prisão, apelando à sua compaixão, para que possa passar os últimos dias de vida com um amigo, de acordo com a CNBC.
O advogado de Madoff, refere num documento legal, que o seu cliente tem «menos de 18 meses de vida» e sofre de «inúmeras outras condições médicas graves», incluindo doenças cardiovasculares e hipertensão, tal como avança o meio de comunicação.
Madoff, com 81 anos, está a cumprir uma sentença de 150 anos de prisão numa instituição federal da Carolina do Norte por organizar o maior esquema de pirâmide da história. Com este esquema, a empresa de Madoff, a Bernard L. Madoff Investment Securities, fez com que milhares de pessoas perdessem as suas poupanças.
Madoff declarou-se culpado em 2009 por 11 crimes relacionados com a fraude de mil milhões de dólares de milhares de investidores ao longo de várias décadas, estando preso desde então.
«Sou um doente terminal», disse Madoff ao The Washington Post na passada quarta-feira, acrescentando que «não há cura para o meu tipo de doença. Já cumpri 11 anos e, francamente, sofri com isso», referiu.
Madoff foi transferido no verão para a unidade de cuidados paliativos do ‘Federal Medical Center em Butner’, na Carolina do Norte, de acordo com o registo do seu advogado no Tribunal Distrital dos EUA, em Manhattan.
«Agora, depois de mais de dez anos de prisão e com menos de 18 meses de vida, Madoff pede humildemente a este Tribunal um pouco de compaixão», afirma o seu advogado Brandon Sample.
O procurador federal do distrito sul de Nova Iorque, Geoffrey Berman, já revelou que o seu escritório, que condenou Madoff, vai avaliar a situação.