BCE: “Nenhum dos desenvolvimentos surpreendeu realmente os mercados”, considera a Partner da Ebury Portugal
Na reunião do Banco Central Europeu (BCE) da semana passada, o corte de 25 pontos-base foi implementado conforme esperado, com revisões em baixa significativas na avaliação do banco central relativamente às perspetivas económicas.
Como afirmou Joana Vieira, partner da Ebury Portugal, em declarações à Executive Digest, “nenhum dos desenvolvimentos surpreendeu realmente os mercados, mas o contraste entre este pessimismo e o que se espera que seja um ‘corte agressivo’ por parte da Reserva Federal na próxima semana fez do dólar a moeda do G10 com melhor desempenho, empatada com a coroa norueguesa.”
O desempenho nas moedas dos mercados emergentes foi mais dividido. A maioria das moedas registou “recuperações modestas após a liquidação brutal de 2024, que as derrubou para níveis muito subvalorizados”, destacou Vieira.
O olhar do mercado agora está voltado para a última reunião do ano da Reserva Federal, marcada para a próxima quarta-feira. “Um corte de 25 pontos base é quase universalmente esperado e a chave será a orientação futura sobre as taxas implícitas no gráfico ‘dots plot’ do FOMC”, explicou a especialista.
Além disso, o relatório do mercado de trabalho do Reino Unido, a ser publicado na terça-feira, seguido pela inflação na quarta-feira e a reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira, são eventos que prometem definir o rumo dos mercados nesta semana.