Banco de Portugal restringe regras no crédito pessoal: empréstimos só até sete anos
A medida entra em vigor já a partir de Abril, sempre que um cliente pretender um novo crédito pessoal, terá um limite de sete anos, algo que não acontecia antes. Para continuar a poder pedir empréstimos, será necessário um comprovativo e apenas para as áreas da saúde, educação e energias renováveis.
Depois de o Banco de Portugal ter decretado novos limites aos créditos de habitação e ao consumo, o supervisor decidiu actuar novamente no crédito do consumo: «Face aos riscos observados no actual enquadramento, o Banco de Portugal, na qualidade de autoridade macro-prudencial e por deliberação do conselho de administração de 28 de Janeiro de 2020, decidiu reduzir a maturidade máxima das novas operações de crédito pessoal para 7 anos», refere o regulador em comunicado..
Antes desta alteração, o limite era de 10 anos, no entanto alguns empréstimos pessoais vão poder manter este prazo, mediante a apresentação de um comprovativo. “Exceptuam-se os créditos com finalidades de educação, saúde e energias renováveis, cuja maturidade máxima continuará a ser 10 anos, desde que estas finalidades sejam devidamente comprovadas”, acrescenta o documento.
As operações até 10 salários mínimos (6.350 euros) não estão abrangidas por esta medida, havendo apenas impacto se o montante for superior a este valor.
O crédito pessoal é o único afectado com esta alteração, uma vez que os empréstimos com maturidades entre 7 e 10 anos foram os que tiveram mais peso nos últimos trimestres. O crédito automóvel e o crédito à habitação não sofrem nenhuma modificação.