Aumentar só salário mínimo “não fará grande sentido”. Patrões querem discutir política de rendimentos

Os patrões não são contra o aumento de 40 euros no salário mínimo. António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) afirmou, à entrada na reunião da concertação social, que é necessário “discutir uma política de rendimentos”.

“É importante avaliarmos as questões do salário mínimo, mas também da competitividade das empresas” frisou António Saraiva, que aproveitou o momento para lembrar que os custos de produção e das matérias primas “aumentou afetando assim a retoma que já vai lenta”.

Questionado assim, se o aumento do salário mínimo não for acompanhado de medidas de apoio será uma medida vazia, o líder da CIP respondeu que “há empresas e empresas, setores e setores. Há umas que já pagam o valor proposto. A maioria representada pela CIP já paga para lá desse valor pelo que não fará grande sentido”.

Confrontado pelos jornalistas com a omissão do Governo, o líder da CIP voltou a dizer que “sentimo-nos desrespeitados, desprestigiar a concertação social é desprestigiar um ativo democrático, um dos pilares da estabilidade e da Democracia”.