Atriz Selena Gomez critica política de deportação em massa de Trump: ‘czar das fronteiras’ dos EUA responde com “ameaça à segurança nacional”

A atriz americana Selena Gomez, de 32 anos, utilizou as redes sociais para criticar o programa de deportações em massa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – no vídeo postado, que depois foi apagado, após reações negativas – podia vir-se a estrela da série “Only Murders in the Building” a chorar.

“Todo o meu povo está a ser atacado, as crianças”, indicou Gomes, cuja família é oriunda do México. “Eu não entendo. Sinto muito Queria poder fazer alguma coisa, mas não posso. Vou tentar de tudo prometo.” Mais tarde, viria a acrescentar uma storie na rede social ‘Instagram’, onde é seguida por mais de 422 milhões de utilizadores. “Aparentemente, não é certo demonstrar empatia pelas pessoas”, escreveu Gomes, que viria mais tarde a excluir essa mensagem.

Desde que se tornou presidente na última segunda-feira, Donald Trump intensificou os esforços para expulsar os chamados migrantes criminosos dos EUA, como prometeu durante a campanha.

A tia de Gomez e os seus avós paternos emigraram do México para os EUA na década de 1970. Os seus pais, Ricardo Gomez e Mandy Teefey, nasceram nos EUA.

Tom Homan, o ‘czar da fronteira’ do presidente dos EUA, já reagiu ao desabafo da cantora. “Não acho que prendemos qualquer família. Prendemos ameaças à segurança pública e ameaças à segurança nacional, ponto principal”, apontou o responsável político, que chamou à situação na fronteira sul “a maior ameaça à segurança nacional” na sua vida, apontando para “um aumento de 600% no tráfico sexual” e a presença de terroristas a tentar cruzar a fronteira. “Faremos esse trabalho e aplicaremos as leis deste país. Se eles não gostarem, então vá ao Congresso e mude a lei”, acrescentou.

A cantora falou sobre a história de imigração da sua família num artigo de opinião para a revista ‘Time’ em outubro de 2019, na qual reconheceu que as leis de imigração nos Estados Unidos têm “falhas” e “precisamos de regras e regulamentos”, salientando igualmente que o “nosso país foi formado por pessoas que vieram de outros países” e que “é hora de ouvir as pessoas cujas vidas estão a ser diretamente afetadas pelas políticas de imigração”. “É hora de conhecer os indivíduos cujas histórias complexas foram reduzidas a manchetes básicas”, finalizou.