Ativistas climáticos invadem Abadia de Westminster e vandalizam túmulo de Charles Darwin

Na manhã desta segunda-feira, a Abadia de Westminster, um dos locais mais emblemáticos de Londres, foi palco de um ato de vandalismo protagonizado por dois ativistas climáticos do grupo Just Stop Oil. Os ativistas utilizaram tinta em spray para inscrever a mensagem “1.5 está morto” na lápide de mármore branco que marca a sepultura de Charles Darwin, célebre naturalista britânico, no Canto dos Cientistas da Abadia.

A frase pintada faz referência ao recente anúncio de que as temperaturas globais em 2024 ultrapassaram os 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, quebrando o limite estabelecido pelo Acordo de Paris. “Ultrapassámos o limite de 1,5 graus que supostamente nos manteria seguros”, declarou um dos ativistas. “Darwin revirar-se-ia no seu túmulo ao saber que estamos no meio da sexta extinção em massa.”

Charles Darwin, conhecido pela sua teoria da evolução por seleção natural, faleceu em 1882 e encontra-se sepultado ao lado de outros grandes cientistas como Isaac Newton e Stephen Hawking.

A Abadia de Westminster confirmou o incidente num comunicado, onde afirmou que “os conservadores da Abadia estão a tomar medidas imediatas para limpar o monumento e não antecipam que haverá danos permanentes.” Apesar do incidente, o local permaneceu aberto para visitas e celebrações religiosas.

A Polícia Metropolitana de Londres informou que duas mulheres foram detidas sob suspeita de danos criminais e conduzidas a uma esquadra no centro de Londres.

O grupo Just Stop Oil tem realizado uma série de protestos de grande visibilidade no Reino Unido. Entre as suas ações anteriores incluem-se interrupções em eventos desportivos e teatrais, pinturas no edifício da embaixada dos Estados Unidos em Londres e ataques a pinturas de Van Gogh com sopa. Estes atos visam chamar a atenção para a urgência das mudanças climáticas e criticar a inação governamental em relação à crise ambiental.