Arrendar um apartamento em Lisboa custa, em média, 1.792 euros por mês. No Porto aumentou para 1.500 euros

O 3º trimestre de 2024 revela um aumento de 4,3% nas rendas em toda a Europa, comparado com o mesmo período do ano anterior. A tendência de subida verifica-se desde o início do ano, com aumentos de 4,3% no segundo trimestre e 3,8% no primeiro.

Esta é uma das conclusões do HousingAnywhere International Rent Index, numa análise que abrange apartamentos, quartos e estúdios mobilados em 28 grandes cidades europeias.

Enquanto os preços dos quartos em muitas cidades europeias aumentaram, em Lisboa e no Porto a variação foi mínima. Lisboa registou um ligeiro aumento, com a renda média de um quarto a fixar-se em 600 euros, impulsionada pela procura de estudantes. No Porto, o preço manteve-se estável nos 450 euros, sem grandes variações ao longo do ano.

Em contraste, cidades como Amesterdão viram o preço dos quartos subir para uma média de 984 euros, apesar de uma ligeira queda face ao trimestre anterior. Cidades como Paris e Hamburgo registaram valores ainda mais elevados, com Paris a registar um aumento anual de 18,3%.

Apesar do aumento generalizado de 4,1% nas rendas de apartamentos na Europa, Lisboa registou uma queda de 10,4% face ao ano anterior. No 3º trimestre, o preço médio de um apartamento na capital é de 1.792 euros, uma redução face ao segundo trimestre.

Por outro lado, o Porto registou um aumento de 11% face ao ano anterior, com o valor médio de arrendamento de apartamentos a manter-se nos 1.500 euros desde o segundo trimestre.

Nos estúdios, Lisboa destaca-se pelo maior aumento de preços. A renda média subiu 31,4%, passando de 900 euros no 3º trimestre de 2023 para 1.183 euros no mesmo período de 2024. Enquanto isso, cidades como Munique e Hamburgo mantêm alguns dos preços mais elevados, com rendas médias de 1.650 euros e 1.495 euros, respetivamente.

Por outro lado, cidades como Turim e Budapeste continuam a oferecer opções mais acessíveis, com rendas de estúdios a partir de 652 euros.

Este aumento das rendas europeias reflete a pressão crescente sobre o mercado imobiliário, com particular impacto em cidades onde a oferta de habitação é escassa, especialmente durante períodos de maior procura, como o início do ano letivo.