Arrendar casa está 91% mais caro do que o valor procurado

Arrendar uma casa está 91% mais caro do que o valor procurado, a nível nacional, e comprar está 72% mais elevado do que a pesquisa, segundo um estudo do Imovirtual, divulgado esta terça-feira.

De acordo com o portal imobiliário, “arrendar uma casa custa em média 1.653 euros, sendo que as pessoas pesquisam casas no valor médio de 866 euros”, apontando que “esta grande diferença entre a procura e a oferta em arrendamento é maioritariamente influenciada pelo distrito de Lisboa e também pelos imóveis do segmento de luxo que estão no mercado”, bem como pelo “aumento das prestações das casas dos senhorios que não é acompanhado por um maior poder de compra dos portugueses”, explicou Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual & OLX Imóveis.

Lisboa (62%), Porto (31%) e Faro (27%) são os distritos em que existe uma maior diferença entre os preços praticados no mercado e o que, realmente, as pessoas procuram e são a principal razão para que exista uma diferença nacional tão grande entre a procura e a oferta. Enquanto que Aveiro (7%), Viana do Castelo (7%), Setúbal (8%) e Braga (9%) são os distritos em que valores estão com menor diferença.

Portalegre, Évora e Viseu são os únicos distritos do continente nos quais os preços estão equilibrados. Alugar uma casa em Portalegre custa em média 632€ e os utilizadores procuraram por valores muito semelhantes: 634€. Em Évora procuram por 736€ e está a ser anunciado por 726€, enquanto Viseu procuram por 714€ e a oferta ronda os 701€.

Preço das casas está 72% mais elevado do que as pessoas pretendem pagar

Relativamente à venda de habitações, verificou-se uma situação semelhante, no qual o preço das casas está 72% mais elevado do que os valores que as pessoas pretendem pagar. Nos últimos três meses, a nível nacional, comprar uma habitação custa em média 414 928€, sendo que as pessoas pesquisam casas no valor médio de 241 082€.

Segundo Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual & OLX Imóveis, “ao contrário do mercado de arrendamento, percebemos que na compra quase todos os distritos têm valores muito diferentes entre o que as pessoas procuram e o que está a ser oferecido. Uma tendência que notamos é que, mesmo em distritos não tão centrais como Viseu e Vila Real, essa disparidade também é grande”.

Vila Real (42%), Viseu (36%), Viana do Castelo (28%), Aveiro (28%) e Leiria (28%) são os distritos com maior discrepância entre os preços anunciados no mercado e os valores procurados pelos utilizadores. Em contrapartida, Faro (5%), Setúbal (5%) , Beja (7%) e Bragança (-2%) são os distritos em que valores entre a oferta e procura estão mais equilibrados.

Portalegre (-20%), é o único distrito em que os preços médios da procura são superiores aos da oferta. Nas Ilhas Açores e Madeira (-9%) também temos um valor de oferta menor que o da procura.

No distrito de Lisboa a procura mantém-se elevada, contudo, há um desfasamento de 26% entre o que está a ser procurado (498.512€) e o que realmente está anunciado (627.093€). Se analisarmos somente o concelho de Lisboa, chegamos a uma conclusão oposta: as pessoas procuram imóveis por 807.845€ e a oferta está nos 760.722€, ou seja, mais equilibrado.

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