Arranca hoje julgamento dos oito acusados do ataque à ponte da Crimeia em 2022 que causou 5 mortos
Arranca esta terça-feira o julgamento de oito acusados do ataque à ponte da Crimeia em 2022: recorde-se que, em outubro de 2022, uma explosão, segundo a Rússia, provocada por uma bomba escondida num camião, fez com que vários vãos da estrada da ponte Kerch, que liga a península da Crimeia à Rússia, caíssem à água.
A explosão de 2022 levou ao colapso de dois vãos de veículos da ponte e matou cinco pessoas, incluindo o motorista do camião que detonou no caminho da Rússia para a Crimeia. Segundo a investigação, o condutor não tinha conhecimento do engenho explosivo que transportava.
O caso tem oito arguidos: Artem e Georgy Azatyan, Oleg Antipov, Alexander Bylin, Vladimir Zlob, Dmitry Tyazhelykh, Roman Solomko e Artur Terchanian. Estão acusados de cometer um ataque terrorista e de aquisição ilegal de explosivos. Solomko e Terchanian são também acusados de contrabando de engenhos explosivos. Todos os arguidos estão sob custódia. O caso foi transferido para o Tribunal Militar do Distrito Sul da Rússia.
De acordo com a investigação, o ataque foi organizado pelo primeiro vice-chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), Vasyl Maliuk, que foi colocado na lista de procurados da Rússia: Malyuk terá criado um grupo criminoso, ordenou a fabrico de um engenho explosivo na Ucrânia e organizou a sua entrega na ponte.
A bomba foi disfarçada como um carregamento de filme de construção e transportada num camião. A explosão, equivalente a 10 toneladas de TNT, provocou a detonação dos tanques de combustível de um comboio que passava na linha férrea da ponte, causando danos significativos. Os prejuízos foram estimados em 200 e 500 milhões de rublos (entre 1,9-4,7 milhões de dólares).