Antártida perdeu 58% dos seus pinguins e a culpa pode ser do aquecimento global
Os pinguins-de-barbicha estão a diminuir em mais de metade, na Antártida, facto que causa uma preocupação cientifica de que «alguma coisa não está bem», no ecossistema mais selvagem do mundo, segundo o cientista e autor do estudo Noah Strycker, citado pelo ‘The Guardian’.
Os especialistas suspeitam que o aquecimento global é a principal causa para a queda acentuada desta espécie, característica por ter uma linha preta por baixo do bico, de uma bochecha à outra.
A Organização Metereológica Mundial, uma agência especializada das Nações Unidas, registou recentemente o valor mais elevado de sempre na Antártida, de 18,3 graus Celsius.
Através da utilização de drones e outros dispositivos portáteis, a equipa de cientistas da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, encontrou apenas cerca de 53 mil pares de pinguins reprodutores na ‘Elephant Island’, menos 58% do que na última pesquisa realizada em 1971.
Apesar da contabilização total de pinguins ainda não poder ser divulgada até que esteja concluída a pesquisa, os especialistas indicam que a tendência é bastante clara, as colónias de pinguins-de-barbicha estão a desaparecer, dando lugar a outras espécies.
Desta forma, a Greepeace pede à ONU que se comprometa a proteger pelo menos 30% dos oceanos até 2030, uma percentagem vista como a mínima para que seja possível reverter as acções humanas.
De 23 de Março a 3 de Abril, em Nova Iorque, a ONU vai promover uma conferência intergovernamental em resposta a esta ameaça, na tentativa de conseguir um acordo global de protecção.