Ações da Sonae Indústria e da Sonae Capital disparam após OPA da Efanor

As ações da Sonae Indústria e da Sonae Capital estavam hoje a subir 61,4%, para 1,065 euros, e 36,67%, para 0,66 euros, respetivamente, depois da Efanor lhes ter lançado uma OPA na sexta-feira.

Entretanto, cerca das 10:00, a bolsa de Lisboa invertia a tendência de baixa da abertura, com o PSI20, do qual faz parte a Sonae Capital, a subir 0,24% para 4.306,08 pontos, com 10 ‘papéis’ a subirem e oito a descerem.

Além das ações da Sonae Capital, as dos CTT e da Mota-Engil também subiam, designadamente 0,88% para 2,30 euros e 0,85% para 1,18 euros.

A sociedade Efanor, a maior acionista do grupo Sonae, lançou uma “oferta pública geral e voluntária de aquisição de ações representativas do capital social” da Sonae Indústria e Sonae Capital, de acordo com dois comunicados enviados ao mercado na sexta-feira.

No caso da Sonae Indústria, a Efanor detém, diretamente ou por outras vias, direitos de voto “inerentes a 31.150.266 ações representativas de cerca de 68,608% do capital social e direitos de voto”.

A contrapartida oferecida pela Efanor é de 1,14 euros por ação e incorpora “um prémio de 68,4%” em relação ao preço médio ponderado das ações nos seis meses imediatamente antes de 30 de julho deste ano, de 0,667 euros, segundo o comunicado. Em relação ao preço de hoje [dia 31 de julho], o prémio é de 77%, adiantou a sociedade.

A eficácia da oferta “ficará subordinada a que a oferente [Efanor] passe a deter, em consequência de oferta pública de aquisição, mais de 90% dos direitos de voto” da Sonae Indústria, segundo a mesma nota.

A Efanor admite ainda retirar a Sonae Indústria da bolsa.

No que diz respeito à Sonae Capital, a Efanor detém 157.004.263 ações, representativas de cerca de 62,8% do capital social e 63,7% dos direitos de voto, oferecendo uma contrapartida de 0,7 euros por ação, um valor que implica um prémio de 29,4% face à média dos últimos seis meses e 46,8% em relação ao preço dos títulos no dia de sexta-feira, dia 31 de julho.

As condições para o sucesso e a possibilidade de a Sonae Capital perder, também, o estatuto de sociedade aberta (saída de bolsa) são semelhantes às da Sonae Indústria.

A Sonae Indústria tem 31,39% do seu capital em ‘free float’ (disperso em bolsa), um valor que na Capital é de 28,69%. Neste último caso, além do ‘free float’, 8,51% das ações são detidas por acionistas com participações qualificadas, ou seja, mais de 2%, incluindo a Quaero Capital, S.A. (5,04%) e o Norges Bank (2,19%), de acordo com informação nos ‘sites’ das empresas.

Em sentido contrário, as ações da Ibersol, Corticeira Amorim e Pharol lideravam as perdas, estando a cair 1,10% para 5,40 euros, 0,91% para 9,78 euros e 0,84% para 0,12 euros.

Na Europa, as principais bolsas abriram hoje em baixa, com os investidores a temerem o aumento de casos de contágios com covid-19 em todo o mundo.

Com os casos de contágios com covid-19 a aumentarem em todo o mundo, o ouro subiu hoje de madrugada para um novo máximo de sempre, designadamente 1.990 dólares a onça, valor que entretanto desceu para 1.971 dólares a onça.

Na sexta-feira, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta, com o Dow Jones a avançar 0,44% para 26.428,32 pontos, contra 29.551,42 pontos em 12 de fevereiro, atual máximo desde que foi criado em 1896.

No mesmo sentido, o Nasdaq fechou a subir 1,49% para 10,745,27 pontos, contra o atual máximo de sempre, de 10.767,09 pontos, registado em 20 de julho.

A nível cambial, o euro abriu hoje em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1757 dólares, contra 1,1778 dólares na sexta-feira e o máximo desde setembro de 2018, de 1,1804 dólares, em 30 de julho.

O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu com tendência descendente, a cotar-se a 43,17 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, contra 43,52 dólares na sexta-feira.