A Automonitor em pista com o novo Honda Civic Type R

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Depois de lhe trazermos todas as especificações e preços do novo Honda Civic Type R, nada melhor que contarmos aquilo que realmente interessa. Ou seja, as sensações de condução.
Confiante nas qualidades do seu novo desportivo compacto, a marca nipónica escolheu o circuito Slovakia Ring, em Bratislava, para o primeiro contacto dinâmico dos jornalistas com o novo Civic Type R.
Num primeiro contacto visual, confirma-se o que as fotos já indicavam. O Type R da nona geração Civic é demasiado exuberante, apresentando um excesso de apêndices aerodinâmicos. Não será por aqui, portanto, que o desportivo japonês captará a atenção dos cerca de 20 compradores anuais que a Honda Portugal espera conquistar.
Por sua vez, o habitáculo é bastante mais discreto, destacando-se as bacquets vermelhas com excelente apoio para o corpo, que viram a sua espuma reduzida em 20 milímetros face aos restantes Civic o que, conjugando com as calhas mais baixas 10 milímetros, se conjuga num apoio para a anca 30 milímetros. Nota-se a alteração, mas, ainda assim, a posição de condução continua um tudo ou nada elevada para um automóvel desportivo.
Mas vamos lá pressionar o botão “start engine” e queimar borracha no circuito eslovaco. Neste primeiro momento, o Civic parece um cordeiro, dado que as quatro enormes saídas de escape prometiam um som muito muito mais forte.
A partida da box é feita em ritmo calmo, como mandam as regras de segurança, mas dá para perceber que o Type R é dócil nos comandos, com o comando da caixa, com apenas 40 milímetros de curso, a mostrar-se logo exímio no manuseamento, ainda que exija convicção por parte do condutor.
A primeira volta é percorrida num ritmo moderado, já que era a primeira que enfrentava o Slovakia Ring, com muitas curvas a serem descritas em quinta e sexta. Aqui, o bloco 2,0 litros Turbo apresenta um ligeiro atraso na resposta do turbocompressor, mas é, ainda assim, suficiente para excelentes recuperações. Mas convém rodar perto das 4000 rpm, para usufruir bem dos 310 cv disponíveis.
Cumprida a primeira volta, é hora de andar a fundo, deixando o modo R desligado. O motor VTEC a galgar o taquímetro com muita vontade, atingindo as 7000 rpm com fulgor, momento em que começo a dedicar-me com afinco ao manuseamento da caixa de velocidades. Firme, exigente, mas incrivelmente rápida!
Nas curvas rápidas, os novos pneus Continental SportContact 6, especialmente desenvolvidos para o Civic Type R, mantém o desportivo nipónico sempre agarrado à corda, ao passo que o autoblocante permite reacelerar bastante cedo e aproveitar toda a potência disponível.
Nas curvas mais lentas, o segredo é travar bastante tarde, para usufruir da eficácia dos travões Brembo, para depois apontarmos à saída e esmagarmos o acelerador, deixando o autoblocante fazer o seu trabalho.
Melhor do que isto são as curvas encadeadas, em que o eixo traseiro deixa ser guiado apenas pelo acelerador, apontando a frente mesmo para onde queremos.
Terminamos em modo R. Os mostradores passam a ter iluminação vermelha, o que dificulta a leitura do redline, e o painel de informação ganha indicadores de temperatura e pressão dos diversos fluidos. Mas o que realmente importa o aumento no peso da direcção, o mapeamento mais agressivo do pedal do acelerador e o acerto 30% mais firme da suspensão. Tudo somado, o Type  ganha maior acutilância em todos os momentos.
É o melhor do segmento? Talvez seja, mas teremos de esperar por um ensaio nacional, de forma a termos uma comparação mais justa. Mas é, certamente, o mais rápido e um dos melhores dinamicamente. Excelente relação preço/potência, mas uma imagem que pode afastar muitos possíveis compradores.
Veja o vídeo e tire as suas conclusões.
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