5 lições de liderança de Jack Welch, “o gestor do século”

Jack Welch, antigo CEO da General Electric, faleceu na semana passada e deixou para trás um legado de liderança. Considerado “o gestor do século” pela revista Fortune, em 1999, o profissional esteve à frente da companhia norte-americana entre 1981 e 2001. Antes disso, já fazia parte dos quadros da General Electric, tendo sido o mais jovem vice-presidente de sempre da empresa: aos 37 anos, foi escolhido para ocupar a segunda cadeira mais importante.

Agora, está na altura de recuperar algumas das lições que Jack Welch foi partilhando ao longo da sua vida, sendo que a maioria tem como inspiração Peter Drucker. Segundo aponta a revista Inc., Jack Welch afirmava ter encontrado no investigador e guru de gestão austríaco as ferramentas necessárias para o sucesso:

1 – Fazer as perguntas importantes. Jack Welch acreditava que existiam duas questões fundamentais. Por um lado, era preciso perguntar se a General Electric apostaria em determinado negócio se não estivesse já envolvida no mesmo. Logo depois, caso a resposta fosse negativa, importava perguntar o que seria feito em relação a isso.

Esta abordagem levou Jack Welch a pôr fim a todas as áreas em que a General Electric estivesse com resultados menos positivos. Ou, pelo menos, a não desviar recursos de áreas com melhor desempenho;

2 – Inspirar seguidores, em vez de trabalhadores. Segundo o próprio Peter Drucker, uma das principais qualidades de Jack Welch passava pela sua capacidade de inspirar seguidores. O CEO da General Electric era obcecado com transparência e honestidade, mas também com a promoção da confiança dos seus colaboradores, fazendo com que fossem mais do que meros funcionários;

3 – Estabelecer prioridades e, depois, recomeçar. Ser capaz de avaliar as prioridades e ir monitorizando as necessidades da empresa de modo a fazer ajustes é outra das lições a retirar da vida de Jack Welch. A cada cinco anos, o gestor perguntava a si mesmo o que era preciso fazer e trocava, sem reticências, os planos traçados anteriormente por uma estratégia mais adequada ao novo paradigma;

4 – Responsabilizar-se. Depois de afinar o plano de cinco anos, Jack Welch olhava para cada prioridade e decidia qual a melhor pessoa para cada uma delas. Pelo menos uma teria de ficar nas suas mãos. Era uma forma de se responsabilizar pelo futuro que tinha acabado de desenhar para a sua empresa;

5 – Amar até à morte. Em declarações reportadas pela Inc., Jack Welch explica a importância de os líderes se dedicarem às suas equipas e aos seus negócios: «Saiam do escritório. Saiam e toquem nas pessoas. Ouçam, ouçam, ouçam. Amem-nas até à morte e toquem-nos, entrem na sua pele. Entusiasmem-nas relativamente àquilo que estão a fazer. Deem propósito aos seus trabalhos e às suas vidas.»

Jack Welch afirmava ainda que passamos a maioria das nossas horas acordados no trabalho. É, por isso, importante torná-los divertidos e recompensar aqueles que cumprem com aquilo que lhes é pedido.