José Luís Carneiro, único candidato à sucessão de Pedro Nuno Santos na liderança do Partido Socialista, após a saída da corrida de Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva, tem-se multiplicado em contactos junto de presidentes de federação e autarcas socialistas para garantir apoios. Segundo fonte próxima do ex-ministro da Administração Interna, “30% do partido está com ele”, relatou esta sexta-feira a rádio ‘Renascença’.
Segundo a rádio, há vários presidentes de federação do PS que já deram o seu apoio: Armando Mourisco por Viseu, Rui Santos por Vila Real, João Portugal por Coimbra e Luís Graça, por Faro. A norte, José Luís Carneiro não tem o suporte da distrital do Porto, através de Nuno Araújo, ex-diretor de campanha para as legislativas de Pedro Nuno Santos, que endossou o apoio a Manuel Pizarro, candidato do PS à Câmara do Porto.
O ex-ministro da Saúde do PS apoiou Pedro Nuno Santos para a corrida à liderança do partido em 2024, mas várias fontes ligadas a Carneiro indicaram que Pizarro terá agora aceitado juntar-se ao antigo colega de Governo para a corrida interna.
José Luís Carneiro tenta que exista apenas a sua candidatura a secretário-geral do PS para apresentar uma imagem de unidade dos socialistas quando se aproximam as eleições autárquicas. “O ideal é que não aparecesse ninguém para dar coesão para as autárquicas”, referiu a fonte, salientando que é possível que surjam candidatos como Daniel Adrião ou Miguel Prata Roque.
Um dos apoiantes de Carneiro salientou que o PS “precisa de uma candidatura consensual” e que o ex-ministro “não é o único com condições teóricas” para se candidatar, mas “é o que garante as condições práticas, foi a votos, fez um caminho de ligação ao partido e até ao último dia de campanha defendeu a candidatura do PS às legislativas”.














