Mudanças nas portagens em 2026: veja onde poderá circular sem pagar e as exceções

As portagens de várias autoestradas portuguesas vão sofrer alterações já em 2026, depois de a Assembleia da República ter aprovado novas isenções contra a vontade do Governo

Automonitor
Dezembro 7, 2025
10:00

As portagens de várias autoestradas portuguesas vão sofrer alterações já em 2026, depois de a Assembleia da República ter aprovado novas isenções contra a vontade do Governo. A decisão foi tomada na votação final do Orçamento do Estado e abrange a A2, A6, A8, A19, A25 e a A41-CREP, prometendo aliviar custos para milhares de condutores e empresas instaladas em zonas específicas.

A medida mais abrangente diz respeito à A25, que ficará totalmente isenta de pagamento em 2026. O Parlamento justificou esta alteração como uma forma de “corrigir uma incongruência” e uniformizar todo o trajeto entre Aveiro e Vilar Formoso, eliminando o último troço ainda sujeito a cobrança.

A2 e A6: isenções dirigidas a residentes e empresas

Na A2 e na A6, as isenções serão mais restritas, aplicando-se apenas a residentes e empresas sediadas em áreas consideradas de influência destas vias. Os troços abrangidos incluem o segmento entre o nó A2/A6/A13 e Caia, no caso da A6, e entre o mesmo nó e Almodôvar, no caso da A2.

A UTAO estima que estas alterações representem uma perda anual de 23,8 milhões de euros, reduzida para cerca de 17,9 milhões em 2026 devido ao prazo de regulamentação, que pode demorar até 90 dias.

A41, A19 e A8: isenções destinadas ao transporte pesado

Outra mudança relevante é a isenção aprovada para veículos pesados na A41 (Circular Regional Exterior do Porto) e em troços da A19 e da A8, na região de Leiria. A medida, proposta pelo PS, pretende aliviar os custos do transporte rodoviário, frequentemente penalizado pelos valores praticados nestas autoestradas.

Impacto orçamental cresce a partir de 2027

A UTAO sublinha que 2026 será um ano de transição. Nos anos seguintes, o impacto financeiro deverá acentuar-se devido ao aumento esperado do tráfego e à atualização anual das portagens. O Governo tem alertado que estas medidas reduzem a margem orçamental e criam compromissos permanentes sem estudos prévios suficientes, enquanto o Parlamento defende que respondem a necessidades territoriais e podem reforçar a competitividade regional.

O que muda para os condutores

Na prática, os utilizadores vão notar mudanças sobretudo na A25, onde a eliminação total das portagens representa uma poupança significativa em deslocações longas. Nas A2 e A6, o efeito dependerá da residência ou localização da empresa, enquanto na A41, A19 e A8 serão os pesados os principais beneficiados.

A regulamentação das medidas deverá ocorrer no início de 2026, entrando em vigor apenas após essa publicação. Até lá, mantêm-se as tarifas atuais.

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