A segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza, mediado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, fez ressurgir tensões entre EUA, Israel e Egito sobre a implementação do acordo, após as reuniões entre o general egípcio Hassan Rashad e autoridades israelitas.
De acordo com a Autoridade de Radiodifusão de Israel, Rashad encontrou-se com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, o diretor do Shin Bet, David Zinni, e outras autoridades de segurança esta terça-feira.
Uma das principais áreas de desacordo tem sido a entrada de uma força militar árabe e internacional em Gaza o mais rápido possível, enquanto Trump insiste que o Hamas devolva primeiro os corpos de todos os reféns em Gaza.
O Hamas tem enfatizado que devolver todos os corpos mostrou-se praticamente impossível devido à falta de equipamento pesado na Faixa de Gaza e à magnitude da destruição no enclave, o que significa que os corpos de milhares de pessoas — reféns israelitas, mas também, na sua maioria, vítimas palestinianas — ainda estão presos sob os escombros.
O grupo palestiniano já devolveu 20 prisioneiros vivos a Israel e os corpos de outros 16, restando 12 na Faixa de Gaza. Israel afirma que o número real de corpos em Gaza é 13, após alegar que um corpo devolvido não corresponde aos seus registos.
O Egito pressionou as forças estrangeiras para entrarem em Gaza nos próximos dias, num esforço para abrir caminho para a segunda fase do acordo, mas Israel opôs-se à ideia. As autoridades israelitas disseram à inteligência egípcia que o Hamas estava a protelar deliberadamente e, para que o acordo de cessar-fogo de Trump avance, os corpos devem primeiro ser devolvidos.
De acordo com o site ‘The New Arab’, a lista de países interessados em enviar tropas para Gaza como parte da força internacional árabe para manter a trégua está a começar a formar-se. Os países até agora incluem Egito, Azerbaijão, Jordânia, Qatar, Turquia e Indonésia.
Israel já se teria manifestado contra a proposta de presença da Turquia em Gaza. Os Emirados Árabes Unidos e o Marrocos ainda não decidiram as suas posições.













