A Dermamatica, apresentada na Web Summit por Sam Izadloo, estudante de Medicina na Universidade Católica Portuguesa, promete acelerar a deteção precoce do cancro da pele através de Inteligência Artificial (IA) aplicada à análise de imagens. A plataforma foi desenvolvida para apoiar médicos de cuidados primários no primeiro contacto com o paciente. A partir de uma fotografia, gera um risk score e um heatmap que destacam as características que levaram à avaliação da IA.
O objetivo é reduzir atrasos na referenciação e facilitar a identificação de lesões suspeitas, sobretudo em contextos onde o acesso a dermatologistas é limitado. A ferramenta pretende agilizar o percurso do paciente e melhorar a triagem inicial.
Segundo o fundador, a explicabilidade do sistema é essencial para criar confiança. “Os médicos conseguem perceber por que motivo uma lesão é considerada suspeita, o que apoia decisões mais informadas”, diz Sam Izadloo, que destaca o interesse conseguido na Web Summit.
Neste momento, a Dermamatica encontra‑se em fase piloto e será disponibilizada comercialmente em Portugal após cumprir os requisitos regulamentares, incluindo a certificação CE MDR. Nesta altura, a equipa procura parcerias com hospitais e clínicas.
Nascido no Irão e criado na Ucrânia, Sam Izadloo foi forçado a fugir de Kharkiv quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Chegou então a Portugal e hoje, com 26 anos, é estudante no 4.º ano de Medicina na Universidade Católica Portuguesa, onde integra a comunidade académica e criou um canal de YouTube, Med Mate, destinado a estudantes de medicina.














