GALP – Energia africana
As operações geridas pela Galp Marketing Internacional têm vindo a registar um crescimento sucessivo da facturação das operações geridas pela Galp Marketing Internacional – que superou a barreira dos 800 milhões de euros em 2017 – e que se deve ao trabalho dos mais de 700 colaboradores da empresa. Esta confiança é fruto de afinidades culturais e históricas que potenciam o desenvolvimento e crescimento das operações da Galp nalguns destes mercados. E que, por inerência, potenciam as economias desses mesmos países.
Sendo a Galp uma das energéticas com maiores índices de crescimento a nível global e uma empresa com uma forte aposta em inovação, o seu percurso para se tornar uma companhia internacional tem dado passos cada vez mais sólidos. Mas esse trajecto não descura a capacidade de actuar à escala local, com um portefólio diversificado de produtos, serviços e soluções. África tem sido disso um bom exemplo, com estratégias de longo prazo que não negligenciam o papel e a responsabilidade da Galp com cada população e cada país.
Várias operações de downstream (distribuição) da Galp em África são desenvolvidas com base em parcerias com empresas locais de sucesso. E a estratégia tem retorno porque o facto de a Galp apreciar e respeitar a identidade e cultura locais acaba por servir como cimento para relações de longo prazo.
Este respeito pelas populações passa também pelo desenvolvimento das pessoas. As operações da Galp são realizadas com recursos humanos locais, com uma aposta na sua formação e capacitação.
É essa lógica de actuação que faz com que nem sempre a empresa opere nos mercados em que está com a marca Galp, optando por respeitar o passado e a natureza de cada país e da sua população.
CRESCIMENTO
É por tudo isto que a presença da Galp é considerada um forte impulsionador da economia dos países em que está presente. A título de exemplo, entre 2014 e 2017, a Galp Marketing Internacional (GMI) registou uma taxa de crescimento média anual do EBITDA de 33%, e uma taxa de rentabilidade média sobre o capital investido de 37%, reflectindo a consistência e solidez financeira das empresas que integram esta subsidiária da Galp.
Focada em levar a marca Galp além-fronteiras, a GMI é responsável pela distribuição de produtos petrolíferos nos mercados internacionais, excluindo a Península Ibérica. E tem vindo a aumentar a sua rede de postos de ano para ano – mesmo após a venda das operações da Gâmbia em Janeiro de 2017 -, contando já com um total de cerca de 160 postos de abastecimento.
A estratégia de desenvolvimento tem assentado numa lógica de clusters. Ou seja, definidos os países-âncora para a operação da Galp naquele continente, a lógica é ir avaliando oportunidades que surgem em redor dos mercados circundantes. Isto, porque tendo em conta que o negócio do downstream só é competitivo se estiver integrado, é preciso criar uma capacidade logística forte.
É nessa perspectiva, aliás, que a energética portuguesa continua a olhar para todas as oportunidades de investimento que surjam, incluindo as do Norte de África que possam ser suportadas no próprio aparelho refinador e nas infraestruturas logísticas que a Galp tem em Portugal e também aquelas que possam ser suportadas nas infraestruturas logísticas que a Galp se encontra actualmente a construir em Moçambique.
ESTRATÉGIA DO E&P
África assume ainda um papel preponderante para a Galp na Exploração e Produção (E&P). Foi assim no passado e sê-lo-á no futuro. Desde os primeiros passos em Angola, em 1982, o continente africano sempre acompanhou a Galp, que por seu lado nunca perdeu esta região de vista. A presença em Angola, Moçambique, Namíbia, e São Tomé e Príncipe, e os 19 projetos da Galp neste continente, atestam a importância estratégica de África para o portefólio da empresa.
O caminho percorrido é já longo, mas não tem horizonte fechado. Pelo contrário. Além dos blocos que já explora em África, a dimensão dos recursos descobertos em Moçambique pelo consórcio da Área 4 de que a Galp faz parte – e que incluem a Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (uma joint venture entre a ExxonMobil, Eni e CNPC), a KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) – posiciona a bacia do Rovuma como uma das regiões mais relevantes a nível mundial para a indústria do gás natural.
Será por isso, naturalmente, uma fonte de recursos determinante para o aumento de gás no portefólio de produção da Galp, o que também contribuirá para o caminho que a empresa quer percorrer no sentido da transição para uma economia de menor carbono.
Não foi em vão, aliás, que Carlos Gomes da Silva assumiu em recente entrevista ao Financial Times que “a próxima década será a década de Moçambique”, realçando assim o papel estratégico no mercado global de gás natural que será desempenhado por este país africano.
Daí a decisão da Galp, em conjunto com os parceiros do consórcio de que faz parte, de submeter ao governo moçambicano o plano de desenvolvimento para a primeira fase do projecto Rovuma LNG, que irá produzir, liquefazer e vender gás natural proveniente dos relevantes campos de Mamba.
O plano de desenvolvimento inclui a proposta de construção de instalações onshore, que compreenderão duas unidades de liquefação, com capacidade para produzir 7,6 milhões de toneladas por ano cada. A decisão final de investimento é esperada em 2019 e o início de produção em 2024.
A decisão de avançar com o projecto para a alocação desta unidade flutuante de liquefação de gás natural na área de Coral Sul, na bacia do Rovuma, é o primeiro compromisso de desenvolvimento desta grande descoberta.
ACÇÃO LOCAL
Se a ambição da Galp é levar cada vez mais longe os seus produtos, há outro propósito que está sempre presente na actuação da empresa: a promoção do desenvolvimento das comunidades locais em que está inserida, através da criação de valor partilhado a longo prazo.
Além da componente económica já referida, essa ideia de partilha fica também evidente nos inúmeros projectos de elevado impacto social que estão a ser considerados ou que já foram implementados.
Em Maio de 2017, por exemplo, foi estabelecida em Moçambique uma parceria e assinado um protocolo pela Galp, Fundação Galp e FUNAE – instituição pública moçambicana dependente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia – que visa a instalação de sistemas solares fotovoltaicos nas comunidades rurais das províncias de Maputo, Sofala, Manica e Cabo Delgado (áreas geográficas onde a Galp opera).
A instalação dos primeiros painéis solares fotovoltaicos iniciou-se na primeira semana de Fevereiro, na província de Sofala, e prevê-se que o projecto fique concluído na última semana de Maio. Com este projecto, cuja última instalação está prevista para Agosto de 2018, espera-se que cerca de 6.000 pessoas sejam beneficiadas.
Na Guiné-Bissau, por seu turno, está a ser desenvolvido o projecto FumuKaba, com o objectivo de promover o abandono da queima de biomassa e carvão vegetal em fogões rudimentares.
Tendo em conta que o carvão vegetal e a lenha foram as energias com maior procura na Guiné-Bissau (com a lenha a representar 75% do consumo e o carvão vegetal 14%, enquanto os produtos petrolíferos ficaram pelos 10%), a Fundação Galp, em parceria com a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e com a aprovação e parte do financiamento da União Europeia, decidiu com este projecto incentivar o uso de energias domésticas sustentáveis na cidade de Bissau.
Os benefícios do projecto são inúmeros: permite a diminuição da poluição no interior das habitações, promove a melhoria da saúde da população e a redução de emissões de CO2 associadas à queima de carvão e lenha para uso doméstico. E permite ainda a criação de postos de trabalho associados à manutenção dos fogões e fabrico de equipamentos acessórios (carrinhos), potenciando o empreendedorismo local.
A iniciativa, cuja expectativa é de que tenha um grande impacto no país, vai abranger cerca de 14% da população da Guiné-Bissau.