A importância do motor 1.0 Ecotec para a Opel

Porta de acesso ao universo Opel, o novo motor 1.0 Ecotec de três cilindros reveste-se de grande importância para a marca de Rüsselsheim, surgindo como um dos símbolos da avalanche de novos produtos que estão na calha para os próximos meses. Com efeito, a marca prevê um total de 27 novos modelos e 17 novos motores para os próximos anos, num esforço que tem no Karl e no Astra os capítulos mais imediatos. Fundamental para o sucesso do Karl, mas também do Adam, Corsa e futuro Astra, o motor 1.0 Ecotec de três cilindros levou quatro anos a ser…

Pedro Junceiro
Junho 8, 2015
7:52

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Porta de acesso ao universo Opel, o novo motor 1.0 Ecotec de três cilindros reveste-se de grande importância para a marca de Rüsselsheim, surgindo como um dos símbolos da avalanche de novos produtos que estão na calha para os próximos meses. Com efeito, a marca prevê um total de 27 novos modelos e 17 novos motores para os próximos anos, num esforço que tem no Karl e no Astra os capítulos mais imediatos.
Fundamental para o sucesso do Karl, mas também do Adam, Corsa e futuro Astra, o motor 1.0 Ecotec de três cilindros levou quatro anos a ser desenvolvido pela equipa de engenheiros da Opel. Ao longo desse período foram tidos em conta diversas soluções e ramificações para este mesmo bloco, preparando a sua possível integração em diversos modelos da gama e com diferentes níveis de potência e de soluções técnicas.
No caso da variante utilizada no Karl, solução única para este citadino de cinco portas, Patrick Dellner, responsável da área dos motores a gasolina de baixa cilindrada, indicou que foram preteridas soluções como a injecção directa e a sobrealimentação, na medida em que a sua aplicação num modelo com as características do Karl implicaria duas ‘contra-indicações’ em relação ao objectivo ambicionado para este modelo: baixo peso e custo contido.
“A adopção do turbo aumentaria o custo final para o cliente, o mesmo acontecendo com a injecção directa”, indica Dellner em declarações à Automonitor à margem da apresentação internacional do Karl, em Amesterdão. “Não era isso que queríamos para o Karl. Para quem procura um pouco mais de potência ou prestações superiores, temos os outros dois membros da família de pequenos modelos, o Adam e o Corsa, ambos com motor 1.0 em versões mais potentes”, complementa, afiançando que cada modelo tem um papel específico dentro dessa própria família destinada à utilização urbana.
Para Dellner, este motor em alumínio estabelece-se, assim, como a proposta ideal para o Karl, mesmo na variante mais básica, assegurando funcionamento eficiente e prestações apropriadas ao segmento A, no qual este modelo se insere.
Assente na nova plataforma da General Motors (GM) para os citadinos, que também dará origem ao futuro Chevrolet Spark para o mercado norte-americano, o Karl é o terceiro modelo a receber a motorização de baixa cilindrada a gasolina, depois de já ter feito a sua ‘aparição’ no Adam e no Corsa, em ambos os casos com versões de 115 cv. Contudo, a importância do ainda recente bloco 1.0 Ecotec na gama da marca germânica fica patente também no facto de vir a equipar a nova geração do Astra, cuja estreia está marcada para o Salão de Frankfurt, em Setembro, mas com outro nível de potência, 105 cv.
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No que diz respeito ainda ao bloco tricilíndrico, Dellner assume que no campo hipotético, se não existissem limitações de custos, “seria possível atingir os 150 cv” com este motor 1.0 Ecotec, mas que isso obrigaria a algumas alterações de monta em termos técnicos, sobretudo para a gestão dos gases do turbo e das temperaturas internas, que tornar-se-iam mais elevadas. Desta forma, atendendo aos custos que implicariam tais alterações, aquele valor  de potência fica remetido para o campo das hipóteses.
Electrificação ganha importância
O tema da electrificação dos automóveis, altamente em voga na indústria, também foi abordado por aquele responsável, para o qual este é um dos caminhos a seguir também pela Opel, embora se tenha escusado a referir a eventual aplicação de motorizações eléctricas nos modelos da marca. Contudo, referiu que  a “mobilidade eléctrica é muito mais apropriada para a condução em cidade”. Em contraponto, aquele responsável considerou que a também inovadora tecnologia Fuel Cell a hidrogénio está ainda longe de ser uma alternativa eficaz aos combustíveis tradicionais. Segundo Dellner, os custos de desenvolvimento da tecnologia são ainda muito elevados, o que associado à rede de abastecimento ainda pouco extensa torna aquela solução pouco prática para o futuro mais próximo.
E os tradicionais motores de combustão interna? “Creio que ainda teremos mais 20 anos de evoluções e desenvolvimentos importantes nestes motores”, afiança, deixando também antever que os motores térmicos poderão vir a contar com um papel secundário enquanto extensores de autonomia para veículos eléctricos.

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