E agora?

Por Ricardo Florêncio, Director da Executive Digest

Escrevo este editorial no rescaldo das eleições legislativas de 2015. E agora? É a questão pertinente e que se coloca neste momento? E agora?

Escrevi no editorial de Setembro, aqui, na Executive Digest, que «a política que deveria ser um tema nobre e cativante, pela sua importância e relevo na nossa vida quotidiana, fica… desinteressante. Faz-se assim um apelo para que devolvam a política ao seu lugar certo, para voltar a ser um tema que enobreça quem a pratica, e que atraia e interesse à sociedade civil».

Ora é chegada a altura, e porventura mais do que nunca, dos intervenientes nos processos políticos colocarem os desígnios e necessidades de Portugal à frente dos seus objectivos pessoais, dos seus partidos e correligionários. O cenário não se mostra fácil. Contudo, a última coisa que Portugal necessita agora é de incerteza e instabilidade. É deitar fora, deixar cair, tudo o que se fez nos últimos anos, em prol da conquista de confiança dos mercados, dos investidores, das empresas, dos portugueses, conquista essa feita à custa de muitos sacrifícios.

Esperamos assim que os políticos e os diversos intervenientes estejam à altura da situação, e que a vontade e desejo dos portugueses, expresso em votos, não seja deturpada com jogos e joguinhos que a poucos interessa.

Editorial publicado na edição de Outubro de 2015 da revista Executive Digest

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