Sites asiáticos de redes sociais lucram com dinheiro virtual
Ao vender diversos produtos virtuais, de roupas de avatares a mobília electrónica, os sites asiáticos de redes sociais parecem ter resolvido o enigma de como obter grandes lucros nas suas extensas bases de utilizadores. É simples, afirmam: o dinheiro pode ser virtual, mas os lucros são reais.
O universitário chinês Tan Shengrong gasta cerca de 20 yuan (2,90 dólares) por mês na compra de roupas para o seu avatar, um pinguim, ou para jogar no QG, um portal de mensagens instantâneas do Qzone, o mais importante site chinês de redes sociais.
A soma pode não parecer alta, mas cada fen, ou cêntimo, é dinheiro no banco para a Tencents Holdings, que controla o Qzone e registou 85 por cento no lucro líquido no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período em 2008, apesar da crise económica.
“Eles continuam a crescer mesmo que a economia esteja a enfrentar problemas, porque continuam a facturar milhões com os cêntimos gastos por milhões e milhões de utilizadores”, disse Benjamin Joffe, director da consultoria de Internet Plus Eight Star.
De roupas virtuais a animais de estimação electrónicos, os asiáticos gastam total estimado em 5 bilhões de dólares anuais em compras virtuais em sites como o Qzone, o sul-coreano Cyworld e a Gree, uma rede social para telemóveis no Japão, de acordo com a Plus Eight Star. Isso representa cerca de 80 por cento do mercado mundial para produtos virtuais, diz a empresa.
“As redes sociais são apenas uma maneira de as pessoas se aproximarem, mas se quer receitas, é preciso vender-lhes tudo. O que essas empresas descobriram é que as pessoas gostam de pagar pelo conteúdo relacionado a emoção, status e entretenimento”, disse Joffe.