Viver no passado, com o conforto do presente: o encanto (e lucro) de reabilitar edifícios históricos

Opinião de Vasco Magalhães, Diretor Geral da MELOM e Querido Mudei a Casa Obras

Executive Digest
Julho 14, 2025
13:17

Por Vasco Magalhães, Diretor Geral da MELOM e Querido Mudei a Casa Obras

Numa altura em que as cidades enfrentam a pressão da modernização e da densificação, reabilitar edifícios antigos assume-se como uma resposta inteligente e inspiradora. Ao preservar o passado, criamos valor no presente, não apenas cultural e arquitetónico, mas também económico e emocional.

Reabilitar património é mais do que uma tendência estética. É um ato de respeito pela história, uma estratégia de regeneração urbana e, cada vez mais, um investimento com elevado potencial de valorização. Nos centros históricos das cidades portuguesas, de Lisboa ao Porto, ou de Évora a Braga, multiplicam-se os exemplos de imóveis recuperados com rigor, que devolvem vitalidade aos bairros, atraem novos residentes e impulsionam a economia local.

Mas o verdadeiro desafio e a verdadeira oportunidade, reside no equilíbrio entre o charme do antigo e as exigências do conforto moderno. Preservar fachadas, molduras, cantarias ou azulejos é importante. Mas tão essencial quanto isso é garantir isolamento térmico, eficiência energética, redes técnicas atualizadas, acessibilidade e funcionalidade. Hoje, o luxo habita também na discrição da performance: edifícios com alma histórica e conforto silencioso.

Neste contexto, a reabilitação deve ser conduzida com uma visão técnica e sensível. É necessário conhecer os materiais originais, respeitar as soluções construtivas tradicionais e integrá-las com tecnologia contemporânea. Este trabalho exige especialização, mas os resultados compensam: imóveis únicos, com identidade própria e procura crescente, tanto por residentes nacionais como por investidores estrangeiros atentos ao valor da autenticidade.

Para além da dimensão simbólica e habitacional, a reabilitação de edifícios históricos representa uma oportunidade de negócio relevante. A escassez de oferta nestas localizações, aliada à procura por imóveis com caráter e localização privilegiada, traduz-se em rentabilidades atrativas, quer para venda quer para arrendamento. Ao mesmo tempo, muitos destes projetos beneficiam de apoios fiscais, isenções ou enquadramento em programas de incentivo à regeneração urbana.

Reabilitar é um investimento de múltiplas camadas: devolve vida ao património, qualifica o tecido urbano, oferece experiências habitacionais mais ricas e gera retorno económico. Quando feito com critério, é uma forma elegante de ligar o passado ao futuro, com conforto, sustentabilidade e visão.

Na MELOM, acreditamos que construir com valor passa por transformar com respeito. Reabilitar edifícios antigos é, para nós, uma forma de contribuir para cidades mais belas, funcionais e com memória. Porque viver no passado, com o conforto do presente, é uma escolha cada vez mais atual e inteligente.

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