23A análise de Luís Lopes, CEO da Vodafone
“Interpreto neste barómetro um otimismo cauteloso dos líderes empresariais, a meio da incerteza global. Numa altura em que persistem dúvidas em torno das guerras tarifárias (cujos impactos já foram sentidos em 62% das organizações), o aumento dos custos das matérias-primas é um dos maiores riscos identificados para a economia. Ainda assim, a maioria das empresas e organizações indica que os seus custos operacionais foram contidos, abaixo de 5%.
A confiança é evidente: uma maioria expressiva (três quartos do total) vê a sua atividade a crescer no primeiro semestre deste ano, enquanto dois terços pensam ou manter ou aumentar até 10% o investimento. Mas, não obstante praticamente todos darem como certo um crescimento da economia este ano, reina a cautela: quase dois terços anteveem um crescimento do PIB entre 1% e 2%, em linha com a Comissão Europeia, mas abaixo das previsões do Governo e do Banco de Portugal. O crescimento económico está, como seria de esperar, no topo das preocupações manifestadas pelos inquiridos. Constato, porém, um alinhamento de outros temas que causam apreensão – como habitação, justiça ou saúde – com matérias especialmente abordadas durante a recente campanha para as eleições legislativas, o que mostra uma proximidade ao “país real”.”
Testemunho publicado na edição de Junho (nº. 231) da Executive Digest, no âmbito da XLII edição do seu Barómetro.














