Cancro da próstata. O terror para os homens
Este tipo de doença oncológica é dos mais comuns entre os homens, só atrás do cancro do pulmão, e é muito frequente nos homens com mais de 50 anos. O acompanhamento médico é de grande importância em qualquer altura, mas é fundamental para despistar o cancro da próstata, pois este numa fase inicial pode ser assintomático.
Por isso mesmo, mais uma vez, um diagnóstico precoce pode ser a chave para salvar vidas. Segundo o urologista do Grupo Lusíadas, António Matos Pereira, a maior parte dos cancros, como o cancro da próstata por exemplo, «quando descobertos numa fase inicial, têm uma alta probabilidade de cura», por isso é preciso não descurar a premissa de que «a vigilância salva vidas». Nos últimos anos temos assistido a avanços significativos no diagnóstico desta doença, fruto de um desenvolvimento tecnológico transversal a todas as áreas da medicina.
Com efeito, em Portugal, surgem a cada ano 4 mil novos casos de cancro da próstata, sendo que o mais comum é o adenocarcinoma. Para Matos Pereira, o perigo está em que o cancro da próstata ao ter «lugar numa zona periférica, não traz quaisquer sintomas até uma fase muito avançada», além de que este «aumenta exponencialmente com a idade».
O médico informa ainda que «a partir dos 45 anos, todos os homens» devem fazer uma consulta de rotina anual, «se não houver história familiar de cancro da próstata». Caso contrário, é importante começar «uma vigilância mais cedo, por volta dos 40 anos», acrescenta o médico.
Em todos os casos, um primeiro indício do cancro da próstata é um nível elevado da proteína PSA (Antigénio Específico da Próstata) que é produzida pela próstata, numa análise ao sangue. Tanto o toque retal, como a ecografia prostática são exames posteriores de rastreio da doença, que na maior parte dos casos não são agressivos. O especialista ressalta que «as sondas transretais são delicadas» e a importância de os pacientes se apresentarem descontraídos, pois isso vai permitir que o exame seja «mais fácil e rápido».