Ameaças de bomba obrigam ao encerramento de mais de 100 escolas na Hungria

Na manhã desta quinta-feira, um total de 121 escolas por toda a Hungria foram alvo de ameaças de bomba, enviadas por email, o que levou ao encerramento temporário dos estabelecimentos por precaução. De acordo com a Polícia Nacional Húngara (ORFK), estão em curso investigações para identificar o autor ou autores das mensagens, que se acredita terem sido enviadas a partir de uma única fonte. Até ao momento, nenhuma bomba foi encontrada nas escolas inspecionadas.

As mensagens continham ameaças dirigidas a “todos os locais de reunião e marcos históricos”, num alegado plano de violência extremista atribuído a um não especificado “califado”. Gergely Gulyás, ministro-chefe do Gabinete do Primeiro-Ministro, confirmou a autenticidade dos emails e, embora não tenham sido verificadas de forma independente por outros meios, reforçou que as autoridades húngaras estão a levar a situação muito a sério.

Contudo, Gulyás sugeriu que a ameaça poderá ter sido obra de “uma pessoa com perturbações mentais”. Durante a conferência de imprensa, o ministro garantiu que, apesar de os emails terem sido enviados através de um servidor estrangeiro, os investigadores estão empenhados em localizar o responsável.

Respostas imediatas em Budapeste e no país
O autarca de Budapeste, Gergely Karácsony, reagiu às ameaças através de uma publicação no Facebook, informando que a empresa municipal de transportes da capital enviou autocarros para as escolas afetadas. Estes veículos foram disponibilizados como abrigos temporários enquanto as autoridades procediam às buscas nas instalações escolares.

As operações em Budapeste contaram com a colaboração entre a Polícia Metropolitana e a Polícia da Capital (BRFK), que estão a trabalhar em conjunto para resolver a situação e garantir a segurança das escolas e da população.

As autoridades húngaras também solicitaram assistência à Eslováquia, onde um caso semelhante de ameaças de bomba em larga escala ocorreu recentemente. Este incidente enquadra-se numa tendência mais ampla observada nos últimos dois anos, em que múltiplas ameaças de bomba, muitas vezes dirigidas a escolas, centros comerciais e aeroportos, foram registadas em países como a República Checa, Sérvia, Montenegro e Bósnia. Apesar do impacto causado, todas essas ameaças foram confirmadas como falsas.

Embora nenhum explosivo tenha sido encontrado até ao momento, o incidente gerou grande preocupação entre pais, alunos e comunidades escolares em todo o país. As autoridades continuam a monitorizar a situação e a reforçar as medidas de segurança em locais públicos e instituições de ensino.

O incidente reflete um desafio crescente na Europa Central e nos Balcãs, onde o aumento das ameaças de bomba, mesmo que infundadas, tem causado interrupções significativas e sobrecarregado os recursos policiais. Na Hungria, este episódio destaca a necessidade de medidas preventivas mais robustas para proteger escolas e outros locais vulneráveis.