Devido a questões de diversidade: Trump demite comandante da Guarda Costeira, a primeira mulher a chefiar um ramo das Forças Armadas dos EUA

A administração de Donald Trump demitiu a Comandante da Guarda Costeira dos EUA, Almirante Linda Lee Fagan, a primeira mulher a liderar uma força armada uniformizada, segundo revelou um funcionário dos EUA à Reuters nesta terça-feira.

De acordo com o relatório inicial da Fox News, a decisão foi tomada pelo Secretário Interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman, que acusou Fagan de dar prioridade a questões de diversidade em detrimento da segurança nas fronteiras. Nem a Casa Branca nem o Departamento de Segurança Interna responderam de imediato aos pedidos de comentário sobre a situação. Tanto a Guarda Costeira quanto Fagan também não estavam disponíveis para comentar.

Embora a Guarda Costeira seja uma força armada, opera sob a alçada do Departamento de Segurança Interna, e não do Pentágono. Esta estrutura coloca a força numa posição singular dentro do sistema de defesa dos EUA.

Comentários de Elon Musk e política de DEI
Elon Musk, conselheiro de Trump e encarregado da nova administração para reduzir custos no governo federal, fez referência às iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) num post na plataforma X, sem confirmar explicitamente a demissão de Fagan. “Minar o exército dos EUA e a segurança nas fronteiras para gastar dinheiro em disparates racistas/sexistas de DEI não é mais aceitável”, escreveu Musk, destacando a sua oposição às iniciativas de DEI.

Fontes citadas pela Fox News indicaram que Fagan foi demitida devido a preocupações relacionadas com a segurança das fronteiras, recrutamento, manutenção de pessoal, e má gestão em aquisições. Além disso, foi acusada de dar atenção excessiva a iniciativas de diversidade, equidade e inclusão, o que, segundo críticos, teria contribuído para a “erosão da confiança” dentro da instituição.

Fagan foi nomeada pelo ex-presidente Joe Biden para liderar a Guarda Costeira em 2021, tornando-se a primeira mulher a assumir o comando de uma das forças armadas dos Estados Unidos. A sua nomeação foi vista como um marco histórico, representando um passo significativo na promoção da diversidade nas forças armadas.

Donald Trump, que ontem tomou posse, comprometeu-se a eliminar os programas de Diversidade, Equidade e Inclusão nas agências do governo federal. A demissão de Fagan surge num contexto de maior escrutínio sobre estas iniciativas e faz parte de um esforço mais amplo para reorientar as prioridades das forças armadas e de segurança nacional, conforme a visão da administração Trump.