Musk pode usar este ‘truque’ para se candidatar a presidente dos EUA após Trump. Falha legal já foi usada por McCain
Uma ‘brecha legal’ poderia potencialmente permitir a Elon Musk candidatar-se à presidência dos Estados Unidos após o segundo mandato de Donald Trump – isto apesar de o magnata da tecnologia multimilionário ter nascido na África do Sul.
O dono da rede social ‘X’ tem sido uma voz (cada vez mais…) ativa na vida política, especialmente nos últimos seis meses, quando desempenhou um papel fundamental no triunfo do presidente eleito Donald Trump nas eleições de novembro último. Este apoio valeu a Musk a nomeação, ao lado do milionário Vivek Ramaswamy, como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) – este conselho consultivo privado terá como objetivo cortar as despesas federais e tornar os EUA mais “eficientes”.
Elon Musk já prometeu alcançar mais 2 mil milhões de dólares em cortes no orçamento de 6.750 mil milhões de dólares do Governo americano. Ao mesmo tempo, mostrou interesse em envolver-se em política externa, atacando o Governo britânico e sugerindo mesmo apoio financeira para a reforma do Reino Unido.
Isto levou muitos a considerar não só se Elon Musk se sentiria atraído pela perspetiva de se candidatar à presidência dos EUA, mas também se seria realmente elegível em primeiro lugar.
As leis americanas determinam que é necessário nascer nos Estados Unidos para se candidatar à presidência: no entanto, há uma lacuna legal, já explorada pelo Partido Republicano, que poderia potencialmente ajudar Musk se este desejasse avançar para o cargo – foi o caso de John McCain, que desafiou esta regra na sua campanha republicana de 2008 contra Barack Obama, como relatou o jornal britânico ‘The Independent’, uma vez que nasceu no Panamá e não nos EUA.
John McCain conseguiu candidatar-se após uma revisão legal que delineou os dois pais americanos de McCain e o facto de ele ter nascido na zona do Canal do Panamá, que na altura estava sob controlo dos Estados Unidos.
Embora possa haver algum advogado que possa eventualmente distorcer esta isenção para favorecer Musk – e nunca se sabe do que Trump é capaz durante a sua presidência – o facto de Musk ter nascido na África do Sul, mas nenhum dos seus pais ser americanos, parece tornar esta perspetiva impossível.