Neto de Nelson Mandela detido na África do Sul por suspeitas de rapto, roubo e posse ilegal de arma de fogo
As autoridades sul-africanas detiveram no passado dia 8 de janeiro, em Joanesburgo, um dos netos do icónico líder Nelson Mandela. O caso, só agora divulgado, envolve acusações graves, incluindo rapto, roubo de veículo e posse ilegal de arma de fogo. A vítima, um motorista da plataforma Uber, terá sido alegadamente raptada por um grupo de cinco pessoas, incluindo o neto de Mandela.
A polícia de Joanesburgo foi alertada por uma empresa de rastreamento que identificou a localização de um veículo roubado, um Toyota Corolla branco, na madrugada de 8 de janeiro. O carro foi encontrado estacionado junto a uma propriedade situada no bairro de Houghton, uma zona luxuosa onde Mandela viveu durante décadas.
Xolani Fihla, porta-voz do Departamento de Polícia de Joanesburgo, confirmou que, ao investigar o alerta, as autoridades encontraram quatro homens e uma mulher numa residência ligada à família Mandela. Entre os detidos estava o neto do ex-presidente sul-africano, que teria ligações pessoais à mulher detida, identificada como suposta inquilina da propriedade onde o grupo foi capturado.
Os cinco suspeitos foram formalmente acusados de roubo agravado, rapto, agressão e posse ilegal de arma de fogo. Na sexta-feira seguinte às detenções, os acusados compareceram perante o tribunal de Joanesburgo para responder às acusações.
Contudo, no caso específico do neto de Nelson Mandela, o tribunal ordenou a sua libertação devido à falta de provas que o ligassem diretamente aos crimes investigados. As outras quatro pessoas continuam sob custódia enquanto se aguarda uma decisão final do magistrado sobre o seu futuro judicial.
Este episódio surge como um constrangimento para a família Mandela, cujo nome é amplamente associado à luta pelos direitos humanos e à reconciliação nacional na África do Sul. Embora o neto do antigo presidente tenha sido libertado, o caso lança um foco sobre as dificuldades que frequentemente acompanham as famílias de figuras públicas de grande projeção.
Apesar da gravidade das acusações iniciais, a vítima do rapto, o condutor do Uber, saiu do incidente sem ferimentos, segundo as autoridades. O caso permanece sob investigação, enquanto se aguardam novos desenvolvimentos sobre os restantes detidos.