Mais de 46 mil mortos em 466 dias de conflito: os números sangrentos do conflito em Gaza

Israel e Hamas estão cada vez mais próximos de um acordo oficial de cessar-fogo para colocar um ponto final num conflito que arrancou a 7 de outubro de 2023, dia em que o grupo terrorista palestiniano atacou Israel. São 466 dias de conflito. Segundo Telavive, nesse dia foram mortas 1.175 pessoas, das quais 796 civis e 379 membros das forças de segurança – entre os civis, estavam 36 crianças e 71 estrangeiros.

Na sequência do ataque, o Hamas levou para Gaza 251 reféns, incluindo 32 cidadãos tailandeses, dois filipinos e duas pessoas naturais da Tanzânia, indicou esta quinta-feira a ‘CNN Portugal’. Já houve 109 reféns libertados pelo Hamas em trocas de prisioneiros, sendo que 8 foram resgatadas pelas IDF (Força de Defesa de Israel) – três conseguiram fugir, tendo sido mortos por soldados israelitas por engano. O grupo palestinianos devolveu a Telavive 40 reféns já mortos – estarão ainda em Gaza 94 reféns, 60 vivos e 34 mortos.

Os ataques israelitas em Gaza, de acordo com dados das autoridades palestinianas, causaram 46.707 mortes, incluindo 17.492 crianças – há ainda 110.265 feridos e 11.610 desaparecidos. A guerra provocou 1,9 milhões de deslocados, na quase totalidade entre a população da Faixa de Gaza. As organizações internacionais não foram ‘poupadas’: 265 funcionários da UNRWA foram mortos desde 7 de outubro. Morreram ainda 217 jornalistas palestinianos e dois jornalistas israelitas.

A fome em Gaza foi uma das consequências mais terríveis do conflito: segundo a ONU, mais de 96% das crianças com menos de 2 anos e mulheres em Gaza não recebiam os nutrientes necessários – 876 mil pessoas enfrentam níveis críticos de insegurança alimentar e 345 mil pessoas deparam-se com escassez alimentar catastrófica.

Gaza é, nesta altura, um território destruído: de acordo com a ‘Al Jazeera’, cerca de 80% dos estabelecimentos comerciais e 88% dos edifícios escolares foram atingidos pelos ataques de Israel: 68% das estradas e mais de dois terços dos terrenos de cultivo foram destruídos. Apenas metade dos estabelecimentos de saúde em Gaza estão a funcionar, e de forma parcial.

Do lado israelita, contabilizam-se 405 soldados mortos e 8.730 feridos desde o início da invasão à Faixa de Gaza.

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