Uma das maiores exportações de Putin pode em breve enfrentar embargo total da UE
A União Europeia procura acabar com a sua dependência do gás natural liquefeito (GNL) da Rússia e pode avançar com a eliminação gradual das importações: de acordo com a publicação ‘Bloomberg’, os Estados-membros estão igualmente a considerar cortar as suas compras de alumínio russo e impor mais restrições aos bancos, petroleiros e produtos militares da Rússia.
Segundo Leigh Hansson, especialista do grupo ‘Global Regulatory Enforcement’ da Reed Smith, em declarações à revista ‘Newsweek’, se forem aprovadas, as novas sanções teriam um impacto significativo numa série de indústrias da Rússia.
A indústria de GNL da Rússia foi duramente atingida pela invasão da Ucrânia por Vladimir Putin, o que levou muitos países europeus a recorrerem a outros fornecedores. A produção de gás russo caiu, com a gigante Gazprom a registar perdas no ano passado e o fim de um acordo de trânsito de gás com a Ucrânia – as esperanças de Moscovo de que o GNL marítimo compense o déficit enfrentam agora um obstáculo se a UE eliminar gradualmente essa forma de combustível.
As novas medidas podem constar do 16º pacote de sanções da EU contra Putin, que teriam também restrições às importações de alumínio, eliminaria o GNL russo e teriam como alvo mais navios petroleiros da ‘frota paralela’ que viola as sanções à Rússia.
A UE também tentaria impor controlos de exportação de produtos militares e cortar mais bancos do sistema de pagamentos internacionais SWIFT, frisou a ‘Bloomberg’.
Embora muitos países europeus tenham encontrado outros fornecedores, têm-se mostrado mais relutantes em restringir o GNL russo devido a preocupações com o aumento dos preços do gás. No entanto, proibir o GNL é mais viável uma vez que não se espera que os três maiores compradores – Espanha, Bélgica e França – bloqueiem as medidas propostas pela UE contra a Rússia. A UE procura aprovar o novo pacote de sanções a 24 de fevereiro, para coincidir com o terceiro aniversário da invasão.