Ucrânia: Ordenados cortes de energia preventivos face a ataque aéreo russo

As autoridades ucranianas fizeram hoje cortes de energia preventivos devido a um ataque aéreo russo de grande envergadura, anunciou o ministro da Energia ucraniano.

“O inimigo continua a aterrorizar os ucranianos”, escreveu Herman Halushchenko nas redes sociais, citado pela agência norte-americana AP.

O ministro apelou à população para que permanecesse em abrigos enquanto durasse a ameaça e seguisse as atualizações oficiais sobre o ataque.

A empresa estatal de energia Ukrenergo comunicou cortes de energia de emergência nas regiões de Kharkiv, Sumy, Poltava, Zaporijia, Dnipropetrovsk e Kirovohrad.

O presidente da câmara de Lviv, Andrii Sadovyi, disse que as forças russas lançaram hoje ataques com mísseis contra infraestruturas energéticas naquela região ocidental do país, próxima da fronteira com a Polónia.

“Durante o ataque da manhã, foram registados mísseis de cruzeiro inimigos na região”, afirmou.

Não foram dadas informações sobre eventuais vítimas ou danos.

O alerta de ataque aéreo estava hoje de manhã em vigor em todo o país, segundo os meios de comunicação social ucranianos.

O alerta foi declarado um dia depois de a Ucrânia ter lançado um ataque contra infraestruturas militares em território russo, que Kiev considerou a maior ofensiva desde o início da guerra.

O ataque teve como alvo a república do Tartaristão e a região de Saratov, no Volga, bem como a região fronteiriça de Bryansk e ainda Tula, perto de Moscovo.

“As forças de defesa ucranianas realizaram os ataques mais massivos contra alvos militares (…) a uma distância de 200 a 1.100 quilómetros no interior da Rússia”, disse o exército ucraniano.

O Ministério da Defesa russo afirmou que o ataque ucraniano foi realizado com seis mísseis norte-americanos ATACMS e seis mísseis britânicos Storm Shadow, acrescentando que todos os projéteis foram abatidos sem causar vítimas.

Moscovo prometeu responder sistematicamente a qualquer ataque de mísseis ocidentais no seu território e ameaçou atingir o centro de Kiev ou utilizar o seu novo míssil hipersónico experimental Oreshnik.